segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Puro Sangue Inglês(PSI)



Raça selecionada na Inglaterra pelo cruzamento de três garanhões orientais com éguas da Inglaterra e da"Royal Mares" da península ibérica. O objetivo da seleção do Puro Sangue Inglês era de obter cavalos para
Castanha, alazã ou tordilha, de preferência uniforme Cabeça: Perfil reto ou levemente ondulado; olhos grandes, orelhas médias, narinas elípticas. corrida de longas distâncias. Hoje, é considerada uma raça melhoradora. A raça, marca presença na formação das principais raças modernas de cavalos para esporte.
Maiores detalhes
Ficha técnica do Puro Sangue Inglês
Altura: Média entre 1,62m, sendo possível um mínimo de 1,44m e máximo de 175m. Porte: Médio para grande
Pelagem

Andadura
Trote
Temperamento
Corajoso, altivo e valente.
Aptidões
Corridas planas ou com obstáculos de média distância, salto, adestramento e CCE . O PSI é muito conhecido por ser um cavalo de corrida.

Esta raça tem origem em Inglaterra, como o próprio nome indica.
No entanto, a raça que agora conhecemos foi um cruzamento intencional de raças, feito com o único propósito de se obter uma raça de bons cavalos de corrida. 
E estamos realmente perante um velocista puro.
Esta raça pode ter-se desenvolvido a partir de um cavalo autóctone, que não sofreu quaisquer alterações, dado o seu isolamento nas ilhas britânicas até ao sec. XVII.
Muitas das raças europeias foram cruzadas com espécies nórdicas, de cavalos mais pesados e muito robustos, mas mais lentos.
Como este cavalo autóctone não o foi, manteve as suas características, sendo mais tarde cruzado com o Árabe e com raças orientais muito ágeis, sendo o resultado o que hoje conhecemos como puro sangue inglês.
O Puro Sangue Inglês conquistou o mundo graças à sua velocidade e resistência, sendo usado em corridas pelos quatro cantos do planeta, onde continua a manter o domínio.
Além de velocista, este cavalo é um bom saltador de obstáculos e um bom cavalo de sela para passeio.
As características desta raça passam ainda pelo seu ar altivo, como se dominasse sempre qualquer situação, e pela coragem que demonstra quando lhe aparecem obstáculos pela frente.
O PSI pode atingir os 500 kg e 1,65m de altura
As cores mais comuns são várias tonalidades de castanho.
Altura(cm): 160 a 162 
Temperamento: Sanguíneo (hotblood) 
Porte: Leve 
Pelagem: Todas 
Uso: Sela 
Existe no Brasil: Muitos 
Perfil/Cabeça: Reto 
Musculatura: Leve 
Origem: Séculos XVII e XVIII 
Região: Reino Unido 
Meio Ambiente: Fresco, temperado

Histórico

Esta raça desenvolveu-se na Inglaterra, por volta do século XVII. Foram importadas cerca de 24 éguas que deram início à criação. Após a criação do General Stud Book, apenas descendentes diretos destas "Royal Mares", podiam inscrever-se. Igualmente importante foi o surgimento de três grandes garanhões onde toda a raça baseou-se: Byerley Turk (importado em 1689), Darley Arabian (1704) e Godolphin Barb (1728). Destes três garanhões fundou-se as quatro linhagens principais do puro sangue: Herod, Eclipse, Matchem e Highflyer.

Descrição

São animais de grande capacidade atlética e considerável vigor físico. Têm características mentais de alta excitabilidade e nervosismo, sendo também muito corajoso. Possui quartos possantes e membros posteriores bastante longos. Inevitavelmente apresenta espáduas alongadas e de boa angulação, produzindo largos movimentos. Pescoço de musculatura delineada, grande amplitude torácica, membros finos e de articulações fortes.

Características

O puro sangue inglês é considerado o cavalo mais veloz do mundo, constituindo a base de uma grande indústria multinacional de criação e de corridas, incluindo apostas. Além de ser uma raça essencial na produção de cavalos de corrida, serviu como ingrediente elementar na formação de muitas outras raças de eqüinos.
VELOZ, ALTIVO E CORAJOSO

História

É impossível definir a origem do Puro Sangue Inglês. Sabe-se que entre os séculos XVII e XVIII, foram feitos cruzamentos de cavalos ingleses com éguas importadas da Espanha, Turquia e Itália a fim de incrementar a velocidade dos cavalos de corrida, esporte muito popular na Inglaterra.

Características

Cavalo de médio para grande porte, pelagem castanha ou tordilha, geralmente sólida, com perfil reto e olhos grandes. A raça está presente na formação das principais raças modernas de cavalos para esporte.

Aptidão

Animal utilizado especificamente para corridas planas ou com obstáculos, salto, adestramento e CCE.

No Brasil

São aproximadamente 20 mil cavalos registrados no Brasil, distribuídos em todo o território nacional.

Origens

As origens do cavalo se perdem nos tempos; as corridas se constituíam em um divertimento dos senhores das terras (Land Lords) aos quais, as atividades de suas isoladas fazendas não lhes permitiam grandes perspectivas de passarem os domingos e feriados de maneira mais alegre. Assim, faziam correr seus animais pesados e carentes de velocidade; estas corridas por volta de 1500, eram tidas em alta conta, a tal ponto, que Henrique VIII as oficializou e criou leis especiais de proteção a raça eqüina (1540-1550).
Cada um dos vários milhões de animais Puro Sangue Inglês, ao redor do mundo atual, deve suas origens a um grupo relativamente pequeno de criadores Britânicos.
Eram estes criadores que nos séculos 17 e 18 começaram, com o cruzamento de cavalos nativos em éguas importadas da Espanha, Turquia e Itália. É impossível determinar exatamente quando o Puro Sangue Inglês desenvolveu-se, mas por volta de 1600 a 1750, reprodutores Orientais, árabes, berberes e turcos, foram importados, com o propósito de incrementar a velocidade dos cavalos utilizados, para o popular esporte das corridas; e três dos 174 reprodutores importados, tornaram-se famosos pela sua contribuição na formação da raça; no caso: DARLEY ARABIAN, GODOLPHIN BARB e BYERLEY TURK, os quais, incorporados na reprodução em diferentes épocas, mediante intensa consangüinidade, produziram em última instância o moderno CAVALO PURO SANGUE INGLÊS, chegando-se aos seus descendentes: ECLIPSE (ramo de Darley Arabian), MATCHEM (ramo de Godolphin Arabian) e HEROD (ramo de Byerley Turk), cuja atuação na criação constituiu-se no ponto de partida básico da raça.
Os produtos destes cruzamentos eram significativamente bem menores que a vasta maioria de animais Puro Sangue Inglês de hoje. O grande ECLIPSE, um descendente macho da 5ª geração de DARLEY ARABIAN, nascido em 5 de abril 1764 no dia da eclipse solar, motivo de seu nome; criado pelo Duque de Cumberland, William Augustus, (Cranbourne Lodge Stud) foi considerado a estrela do Puro Sangue Inglês; era filho de Marske e Spiletta excepcionalmente alto, com 1,68m;talvez o mais famoso cavalo de corridas da história. Após a morte do Duke, em Outubro de 1765, seu Stud foi dispersado em um leilão realizado por Richard Tattersall, ECLIPSE, foi comprado por William Wildman por 75 guineus; em 1769 Dennis O'Kelly comprou sua metade por 650 guineus e mais tarde comprou o restante por 1.100 guineus. ECLIPSE começou a correr em 1769, ganhou 11 King's Plates, provas que se corriam em etapas de 6.400m; e os jóqueis iam com 76kg; ECLIPSE só começou a correr com 5 anos, e foi invencível, ganhando as 26 corridas que disputou, sem nunca ser chicoteado ou incitado durante as disputas.
Uma das mais celebres frases dos anais das pistas de corridas britânicas: "Primeiro ECLIPSE, depois nenhum outro", foi criada pelo seu proprietário, um Irlandês de fama duvidosa, chamado Dennis O'kelly, quando lhe pediram previsões sobre o resultado de sua primeira carreira. Naqueles dias, um cavalo derrotado por uma distância de 220m não se classificava oficialmente e quando ECLIPSE ultrapassou seus rivais no primeiro quarto de distância, o temerário pronunciamento de O'kelly revelou-se acertado.


ECLIPSE, possuía na anca, uma mancha escura que transmitia a seus descendentes, e cogita-se que hoje em dia, cavalos alazões com manchas escuras na pelagem, sejam da linhagem de ECLIPSE.

ECLIPSE

Estes primeiros animais Puro Sangue Inglês, participaram em competições de corridas, principalmente ao redor de 4 milhas e possuíam a influência da Stamina do sangue árabe em seus cruzamentos. As corridas de cavalos, tornaram-se a atividade favorita do rei da Inglaterra, King Charles II, motivo pelo qual até hoje se atribui a este esporte, como "o esporte dos reis".
No último trimestre do século 18, a natureza das corridas mudaram, com a implantação do St. Leger, Oaks e Derby, em menores distâncias; dando-se maior ênfase, para se correr aos 2 e 3 anos de idade.
Era a habilidade de ECLIPSE, para gerar uma progênie adaptada ao ênfase desta nova fase, o que o fez um excelente reprodutor, ao ingressar na reprodução em 1771, no Stud Clay Hill, perto de Epsom, onde ficou até 1788, quando foi transportado por uma carroça puxada por parelhas até as dependências do O'Kelly's Cannons Park Stud em Stanmore; sua cobertura foi vendida a 50 guineus no primeiro ano, e mais tarde variou entre 25 e 30 guineus., ECLIPSE consagrou-se através de 334 filhos, três dos quais ganharam a prova máxima do turfe britânico, o Derby. Descendente de DARLEY ARABIAN, sua linhagem continuou através de POT-8-O'S e KING FERGUS, destacados exemplares, dos quais o primeiro deu origem aos ramos de HAMPTON, SWINFORD, BEND'OR, ORMONDE, PHALARIS e ROCK SAND; enquanto KING FERGUS destacou-se com o ramo SAINT SIMON.
ECLIPSE, nunca foi campeão das estatísticas na época, todavia a secundou onze vezes entre 1778 e 1788; ECLIPSE morreu em 1789 acometido de cólica no Cannons Stud.

POT-8-0'S

Foi no tempo de Carlos II, que houve um grande impulso na Inglaterra, país onde se vem praticando corridas de um ou outro tipo, desde a ocupação romana. Os romanos herdaram a paixão dos gregos, já que nos jogos olímpicos de 642 AC. Se incluíram corridas de cavalos (quadrigas).
Vale mencionar aqui, que as olimpíadas da antigüidade terminaram no ano de 369 DC. Por força das autoridades cristãs, que ajudaram o imperador Trajano II a se manter no poder e exigiram em seu reinado a extinção de festas pagãs.(as olimpíadas da antigüidade eram sobretudo, festas e por isto consideradas então como pagãs). Sobre as corridas celebradas na Grã Bretanha antes do século XVI existem poucos dados. Eram simples passatempo de cavaleiros, em que um nobre enfrentava com seu cavalo, um outro, era a forma em que punham à prova seu domínio da lança e da espada nas contendas. Antes do reinado dos últimos TUDOR e os primeiros STUART se estabeleceram criatórios reais em Hamptom Court, Tutbury e outras localidades, que se dispersaram quando Oliver Cromwell tomou o poder , depois da primeira revolução inglesa.
Com a restauração, chegou o rei Carlos II, um homem apaixonado, entre outras coisas, pelas corridas de cavalos; promoveu o esporte ao redor da pequena vila de Newmarket, Suffolk, onde seu avô Jaime I havia construído um albergue de caça e onde seu pai, Carlos I havia concedido a primeira taça em 1634.
Carlos II foi tão entusiasta competidor, como organizador e se serviu de sua autoridade real para organizar carreiras, estabelecer regras e arbitrar disputas. Até então, a maioria das corridas haviam sido provas para dirimir contendas entre os nobres. O rei incentivou a adição de prêmios especiais, taças ou dinheiro, que deviam ser disputados em terrenos mais extensos e os terrenos planos que rodeiam Newmarket, mostraram-se perfeitos para as provas de 6,4km ao galope, a que submetiam os cavalos. Isso feito, não era só questão de distâncias; a maioria dos prêmios se decidia ao término de 3 ou 4 enfrentamentos, separados por cerca de meia hora.
Até aquele momento, os cavalos que participavam das corridas, eram quase sempre de raças nativas, e o mais provável, é que se diferenciassem pouco das montarias que transportavam seus proprietários todos os dias. No norte do país, se criavam pôneis muito rápidos chamados "Galloways"; a Irlanda contava com seus "hobbys". A partir do reinado de Elizabeth I, começaram a importar mais e mais cavalos, no principio da Espanha e Itália, que iam para os criatórios reais ou de pessoas abastadas. Entre estas últimas, destaca-se um dos melhores conhecedores e cavaleiros da história, Willkiam Cavendish, Duque de Newcastle, que tinha predileção pelas raças espanholas.
Aqueles exemplares importados, junto com os que chegaram mais tarde do norte da África e do leste do Mediterrâneo, os chamados Berberes, Turcos e Árabes, obtiveram pouco êxito nas corridas, mas seu sangue, mesclado com as estirpes nativas, ia influir poderosamente na história do cavalo.
Ainda no reinado de Carlos II, entre 1660 e 1685, foram adquiridas égua reais (Royal Mares), procedentes da Barbária, para serem padreadas por estes garanhões árabes, e seus produtos revelaram-se excelentes corredores e dispersaram-se por todo o reino unido; proporcionando assim ao estabelecimento do Puro Sangue como raça.
a formação do Cavalo Puro Sangue Inglês, entraram 3 tipos de cavalos orientais; o cavalo Puro Sangue Árabe ou Turco, classificado por Pietrement como "Equus caballus aryanus" ou orientalis; a sub-raça Nedjed, do deserto da Arábia e o Barb, também conhecido como Bérbere, Mongólico e Mongol, originário da Ásia central.O Barbo, em época remota foi levado para a África, talvez antes da entrada do cavalo árabe nesta região, Pietrement, dá-lhe o nome de "Equus caballus africanus".
O primeiro a chegar, foi o turco, BYERLEY , nascido em 1680, e deve seu nome a seu proprietário, um tal coronel Byerley, que o havia arrebatado aos turcos durante a batalha de Buda(Hungria). Ao longo de vários anos se serviu daquele animal como seu cavalo de guerra, e mais tarde, quando se retirou da vida militar em 1690, o destinou à reprodução.
Os potros nascidos diretamente de BYERLEY, alcançaram pouco renome, mas seu bisneto, seria o cavalo de corridas KING HEROD, ou simplesmente HEROD, de imenso valor, nascido em 1758, criado pelo Duque de Cumberland, 3º filho do rei King George II, o qual foi importante criador de cavalos em Newmarket e Hanover.
Por sua parte, HEROD, embora não tivesse se destacado como um grande corredor; projetou-se como um dos principais progenitores do Puro Sangue, engendrou outros ganhadores de 1042 corridas, avaliados coletivamente em mais de 200.000 libras esterlinas. Um de seus filhos, HIGHFLYER teve o mesmo êxito como progenitor, pois dele saíram os ganhadores de 1108 corridas, que avaliados em 170.000 libras esterlinas, fizeram a fortuna de seu proprietário, Richard Tattersall. Esse homem, foi o fundador da famosa firma britânica de leiloeiros de exemplares da raça, cujas vendas em Newmarket, não cessaram de atrair compradores do mundo inteiro. Outros descendentes de HEROD foram: DIOMED-(ganhador do 1º Kentucky Derby em 1780 )e ainda: SIR ARCHIE, THE FLYING DUTCHMAN e EPINARD, entre outros.
DARLEY ARABIAN, nasceu em Aleppo (Siria) em 1.700 e foi importado no reinado de Ana(1702-1714), tendo sido adquirido por um irmão de John Brewter Darley, criador em Aldby Park, perto de York. Em uma caçada que participou o irmão de John Brewter Darley viu um magnífico cavalo cujo proprietário o havia adquirido em Palmira, e sustentava ser da mais pura origem oriental, da raça Kochlani. Formalizada a compra por certa quantia em dinheiro e mais um fuzil de guerra; DARLEY ARABIAN, que era então denominado de MANNICKA foi enviado para a Inglaterra em 1705, onde serviu éguas de pouco valor.

Darley Arabian

O árabe DARLEY, foi descrito por Thomas Darley, Cônsul britânico em Alepo, como um cavalo de "esquisita beleza", de pelagem castanha e com a altura de 1,52m. Marcou firma com sua primeira geração de descendentes, pois gerou em 1715 a FLYING CHILDERS, o primeiro grande cavalo de corridas na plena acepção do termo ,invicto em suas atuações, e através do irmão deste último, BARTLETT'S CHILDERS (incapacitado para as corridas por uma enfermidade nos vasos sangüíneos) se converteu no tataravô de ECLIPSE, possivelmente o cavalo de corrida mais famoso de todos os tempos.
Como reprodutor, ECLIPSE gerou 344 ganhadores e dele resultaram linhagens de capital importância no desenvolvimento da criação PSI. Um de seus mais celebrados descendentes, foi ST. SIMON, o ganhador da taça de ouro de 1844 em Ascot; nenhum outro conseguia aproximar-se dele nas pistas e sua prole ganhou 571 corridas só na Gran Bretanha, onde liderou a lista de reprodutores líderes de maneira nunca igualada. Dele descende um dos maiores cavalos modernos, o campeão italiano RIBOT, também invencível em grandes distâncias e duas vezes o ganhador do Prix de L'Arc de Triomphe.
A origem do terceiro garanhão fundador do cavalo Puro Sangue Inglês, o árabe/berbere, GODOLPHIN BARB é ainda mais obscura que a dos outros dois anteriores e há três versões sobre a sua origem: uma delas de especial interesse, do novelista francês, Eugênio Sue, grande conhecedor em sua época de tudo relacionado ao cavalo de corrida. GODOLPHIN BARB, cujo nome de origem foi SHAMI, nascido por volta de 1724, integrava um lote de oito cavalos que o Bey de Tunis, obsequiou a Luís XIV da França em 1731. O interesse inicial de Luís XIV e sua corte por tais cavalos caiu ante as suas formas angulosas, descarnadas acentuadas por uma longa e penosa viagem, e um aspecto geral que não correspondia ao tipo de animal em voga.
Godolphin Barb Finalmente os oito cavalos foram vendidos ou obsequiados, e entre eles SHAMI. Quando estava já com 5 anos, foi levado da França para a Inglaterra, onde segundo se afirma, seu importador Edward Coke, o descobriu puxando uma carroça de areia e água pelas ruas de Paris. Vendido mais tarde por Coke a Lord Godolphin, dono do famoso Haras Gog-Magog em Cambridgeshire.
Outra história da sua origem, seria de que o Barbo, teria sido roubado por alguém e levado para a Inglaterra e alojado em uma mesma área de Lord Godolphin; o reprodutor chefe do Haras, Hogoblin recusou-se à monta na égua Roxana, que havia sido recentemente adquirida pelo Haras, e para não perder a oportunidade, foi então destinada a SHAMI. Deste serviço nasceu LATH (1733) um dos melhores cavalos de seu tempo. SHAMI, honrado posteriormente com o nome de seu proprietário desalojou Hogoblin e passou a cumprir as funções de pastor chefe do Haras.
A terceira e última seria de que ao ser comprado por Mr. Coke, o qual o deu a Roger Williams, dono da Cafeteria St. James; Coke o teria comprado por 3 libras de um carroceiro em Paris. Williams o presenteou então a Lord Godolphin, e passou a servir no seu Haras vindo a morrer neste estabelecimento em 1753.

Diomed

Inúmeros escritores , poetas e pintores, dentre eles Delacroix, o descreveram como de pelagem castanha, altura de aproximadamente 1,50m, de conformação alongada e poderosa musculatura e cuja origem berbere é indiscutível, apesar de que no General Stud Book britânico figura como GOLDOLPHIN ARABIAN, nome considerado por muitos, como improcedente. GODOLPHIN BARB, produziu notáveis cavalos, entre eles o já mencionado LATH e o famoso CADE (1734) pai de MATCHEM, que como ECLIPSE e HEROD, havia de fundar uma destacada estirpe do PSI.


Matchem
A influência de GODOLPHIN BARB, é ainda mais marcante na história do PSI, ao verificarmos de que gerou o cavalo REGULUS (1739) o qual produziu a SPILETTA (1749) esta a mãe do famoso e invencível ECLIPSE.
Um de seus ramos prospera atualmente nos EUA, graças aos fabulosos êxitos de MAN O'WAR, conhecido afetuosamente com o BIG RED e que foi para os apaixonados americanos de 1920, o que SECRETARIAT seria 50 anos mais tarde.
O rei Carlos II, ganhou, quando muito, uma corrida em Newmarket, onde seu cavalo predileto OLD ROWLEY, deu seu nome à mais famosa pista de 1.600m, The Rowley Mile. Naquela época não era raro que os proprietários aristocráticos montassem seus próprios cavalos, mas com a evolução dos esporte, sobreveio a era do jóquei profissional, seguida pela do treinador especializado. As pistas começaram a proliferar em todo o país no princípio do século XVIII, mas em sua maioria, eram de baixa qualidade; exceto Newmarket, onde o rei Carlos II estabeleceu e controlou as normas e regulamentações gerais.
Carlos II contou com a ajuda de um fazendeiro de Dorset, chamado Tregonwell Frampton, espécie de administrador e treinador das corridas reais, que à morte de seu senhor, conservou sua influência sobre quatro soberanos sucessivos. Um deles foi a rainha Ann, responsável pela construção da pista de Ascot em Berkshire, hoje sede do que seguramente é a competição mais notável do mundo, os quatro dias de Royal Ascot, que se celebram todos os anos em junho.
O vazio que deixou Frampton, em sua morte, ficou sem ser preenchido, durante 20 anos, porém em 1750 ocorreu em decorrência da união de um grupo de aficcionados, a fundação do JOCKEY CLUB, com a finalidade de controlar e regularizar as corridas ,sua influência estendeu-se paulatinamente, até que todos os hipódromos do país, caíram sob sua égide, seu poder era absoluto, e em seu exemplo espelhavam-se organismos de inúmeros países pelos quais se difundia o Puro Sangue Inglês.
Um dos primeiros diretores e fundadores do Jockey Club na Inglaterra foi, Sir Charles Bunbury, o qual era enérgico e sem temor, para tanto, conta-se, que em 1791, com o Jockey Club em seu poder, ousou punir o príncipe de Gales, futuro rei George IV, depois de uma investigação sobre as suspeitas condições em que corria um cavalo de sua propriedade, de nome Escape. Foi em sua época que surgiu o handicap do turfe, a distribuição de pesos dos jóqueis, de maneira a igualar nestas condições, animais de categorias diferentes. A primeira carreira importante de handicap foi o Outlands Stakes em Ascot, corrido em 1791, onde o peso dos jóqueis variavam entre 37 e 57 kg.
O Derby de Epsom foi instituído anos após, no auge do movimento contra as corridas de 6.400m e passavam a ser instituídas competições com cavalos mais jovens, pois até meados de 1750, poucos cavalos corriam antes dos 5 anos de idade.E ao se instituir estas provas, para produtos de 3 anos, como competições supremas para se avaliar a categoria de um cavalo, de onde surgiria a tríplice coroa; buscou-se um nome para esta prova, que viria a ser o Derby. A disputa pelo nome que seria proposto para a mesma, foi efetuada na sorte da disputa na moeda, entre Sir Lord Derby e Bunbury; cabendo então esta deferência ao ganhador Sir Lord Derby.
Bunbury perdeu na moeda, mas ganhou o primeiro Derby de Epsom, que foi vencido por DIOMED, de sua propriedade. Lord Derby, só conseguiria ganhar a prova que levava seu nome 7 anos depois, com o cavalo SIR PETER TEAZLE, o qual todavia era filho de HIGHFLYER, de criação de Bunbury. O sucessor de Charles Bunbury no Jockey Club foi Lord George Bentinck, promovendo inúmeras inovações na entidade, como a numeração dos cavalos a introdução do programa e relativamente eficaz sinal de programa por meio do hasteamento de uma bandeira no local. Revelou a fraude de Running Rein, que quando o potro de mesmo nome, que havia ganho o Derby de 1834, era na verdade um animal de 4 anos chamado Macabeus.
Lord George, marcou um precedente na historia das carreiras, quando o cavalo Elis, foi transportado em "caminhão" até Doncaster, para ganhar o St. Leger de 1836. Nesta época, os coches para transportes de cavalos eram praticamente desconhecidos e os animais andavam por si mesmos até a pista. Quando se soube que Elis permanecia em seu estábulo no sul da Inglaterra poucos dias antes do evento de St. Leger, os corretores de apostas fizeram seus cálculos, dando por certa a ausência do cavalo. Elis foi instalado em um vagão especialmente construído, puxado por parelhas e chegou a tempo de fazer ganhar substanciosos dividendos aos seus apostadores e proprietário.
O terceiro e último dos ditadores foi o almirante Rous, alguém o definiu como o "Primeiro Grande handicapper", toda a vez que dedicava muito tempo ao cálculo dos pesos proporcionais, o paradoxo é que não aprovava os handicaps, pois considerava que "favoreciam os cavalos ruins".
Enquanto isto, as exportações Britânicas de garanhões e éguas, estavam formando a base das populações de Puro Sangue Inglês do além mar. DIOMED, vencedor da corrida inaugural em 1870, foi exportado para a América com a idade de 21 anos, e foi instrumento da estrutura da raça lá. A França, Alemanha e Itália estavam entre outros importadores atuantes de alta classe ao longo do século 19 até o presente.Entre os grandes garanhões do século 19, incluíam-se WHALEBONE, "Derby winner" nascido em 1807, antepassado de HYPERION (1930) e também POLYMELUS (1902) de quem as linhas masculinas dominantes de NEARCO e NATIVE DANCER surgiram. Entre os muitos outros garanhões antepassados, com influência profunda, a longo prazo, estavam ainda: FLYING DUTCHMAN (1846) antepassado do grande reprodutor Francês TOURBILLON (1928) e seu rival famoso, VOLTIGEUR (1847) o grande avô paterno de ST. SIMON (1881).
Considerado o candidato principal para o melhor corredor do século XIX, ST. SIMON também era um reprodutor fenomenal, dominando as listas de reprodutores; uma ilustração da influência de ST. SIMON, é que ele aparece 2 vezes no pedigree do ganhador do Derby de 1933, HYPERION e 4 vezes no pedigree do grande potro NEARCO, o qual sediado na Inglaterra foi um dos dois garanhões do século mais prepotentes.

St. Simon

Alguns cavalos atuais nas Ilhas Britânicas e a maioria em outros países estão livres dos genes de NEARCO. Seu filho NASRULLAH, foi um grande avô paterno de grandes reprodutores como: BLUSHING GROOM; MILL REEF e RIVERMAN. Até mesmo bem influente era o filho de NEARCO, NEARCTIC, que produziu NORTHERN DANCER, ganhador do Kentucky Derby e Preakness Stakes de 1964. As façanhas de seu filho NIJINSKY, ganhador da tríplice coroa de 1970, incitaram a importação de uma avalanche da progênie de NORTHERN DANCER, com resultados espetaculares.

Northern Dancer

O animal PURO SANGUE INGLÊS completamente Britânico está certamente quase extinto, mas a influência britânica em animais PURO SANGUE INGLÊS, foi enorme e é por este motivo que criadores do mundo inteiro continuam a voltar a Inglaterra para adquirir cavalos PURO SANGUE INGLÊS, oriundos da criação da Inglaterra, considerada o berço desta raça . A Introdução do General Stud Book Inglês publicado em 1791, pelo seu criador James Weatherby, confere a segurança de origem ,genealogia e identificação de cada produto.
HEROD, ECLIPSE e MATCHEM, três pilares da descendência do cavalo Puro Sangue Inglês, não eram Tordilhos; e o aparecimento desta pelagem no Puro Sangue Inglês, seria um mistério, não fosse a participação de ALCOOCK'S ARABIAN - nascido em 1704, importado via Constantinopla por Sir Robert Sutton e entregue ao 2º Duque de Ancaster em 1722; que era tordilho, foi "Champion Sire" de 1721 a 1728; e cruzou com uma das éguas reais e gerou a CRAB em 1722, que também era tordilho e produziu éguas tordilhas, as quais acasalando-se com a descendência de ECLIPSE, HEROD e MATCHEM, disseminaram a pelagem tordilha no Cavalo Puro Sangue Inglês.

Crab

FRANÇA - Como em outros países, a França se incorporou tardiamente ao cenário hípico, desenvolvendo-se somente 20 anos após a fundação do Jockey Club Inglês; prejudicada pela escassa organização deteriorada com o holocausto da revolução e conseqüentes fluxos e refluxos das guerras napoleônicas. Coube ao inglês Lord Henry Seymour, tomar a causa do renascimento das carreiras francesas no início do século XIX; e com o auxílio do Duque de Orleans, fundou em 1833 o Jockey Club Francês, e ao perceberem que seus associados tinham mais interesses nas atividades sociais que nas corridas, criou a Societé d'encouragement pour l'ameriolation des races de chevaux em France. E assim surgiram o hipódromo de Chatilly, Longchamp e as primeiras corridas clássicas; Prix du Jockey Club, Poule d'essai des Poulains e des Pouliches,Prix Diana, Prix Royal Oak e o Prix de L'Arc de Triomphe. A criação francesa, passou a desenvolver-se, no pós guerra com o destaque de Marcel Boussac, criador desde 1920, proprietários dos garanhões, PHARIS e DJEBEL entre outros.
ITALIA - A Itália também teve o inicio de sua criação tardio, Milão, hoje o principal centro, celebra encontros regulares desde 1840, e em Roma, as corridas não se iniciaram até 1868.A influência internacional da criação italiana é representada pelo genial criador Frederico Tesio, fundador do criatório, Dormello Olgiata em 1898, tendo produzido 20 ganhadores do Derby Italiano e uma dezena de cavalos de talhe internacional e dois campeões mundiais, NEARCO e RIBOT, ambos invencíveis ao longo de sua carreira.
Juntamente com outro campeão de Tesio, chamado DONATELLO; NEARCO chegou a ser semental de primeira linha na Inglaterra e seu filho NASRULLAH bem como seu neto BOLD RULER foram reis supremos nos Estados Unidos.
AMÉRICA - Ao longo daqueles anos, as carreiras haviam evoluído em outros países. Na América do Norte, desprovida de eqüinos, até a chegada dos colonos europeus, o esporte data dos primeiros tempos coloniais.
Sem dúvida, não pode alcançar grande destaque, posto que a primeira necessidade era importar cavalos aptos para os trabalhos agrícolas. As corridas de "Quarter" praticadas em toscas pistas de ¼ de milha, abertas em plena mata, desfrutaram de breve popularidade. Após a independência, quando muitos cavalos foram importados da Grã Bretanha, inclui-se nesta importação o nome de BULLE ROCK (Darley Arabian) considerado o primeiro PSI importado da Grã Bretanha em 1730, com 21 anos de idade por Samuel Gist. Por volta de 1750, houve a importação de 338 cavalos Puro Sangue Inglês, destes 63 importados antes da revolução; destacando-se os nomes de MONKEY, JANUS e FEARNOUGHT.
MONKEY, importado em 1743 aos 22 anos, deixou 300 produtos na Virginia; JANUS importado com 10 anos de idade, por Mordecai Booth em 1756 teve uma profunda influência na formação da raça Quarto de Milha; FEARNOUGHT importado em 1764 por John Baylov com 9 anos de idade e tornou-se um dos mais importantes reprodutores da América, até a importação de DIOMED após a revolução. DIOMED, aos 21 anos de idade após ter fracassado como semental na Inglaterra, foi adquirido pelo Coronel John Hoomes, de Bowling Green - Virginia, em 1798; passou a produzir descendência de magnífica qualidade na América do Norte, e viveu até a idade de 31 anos. DIOMED, nasceu em 1777 e gerou alguns dos mais famosos cavalos da história do turfe americano como : HAYNIEL'S MARIE, BALL'S FLORIZEL (invicta), POTOMAC, DUROC e o maior de todos SIR ARCHIE, o qual foi de singular influência na história do PSI na América; gerando as linhagens de TIMOLEAN, BOSTON e LEXINGTON.

Sir Archie

SIR ARCHIE possuía o nome inicial de ROBERT BURNS, porém John Tayloe o mudou para SIR ARCHIE em honra a seu amigo que demonstrou certo interesse pelo potro, o capitão Archibald Randolph; seu criador, William Ranson Ranson Johnson conhecido como Napoleão do Turfe , o descreveu como o melhor cavalo que conheceu; SIR ARCHIE ficou 23 anos no Stud, de 1810 a 1833. Outro exemplar de enorme influência chegado em 1764 foi MEDLEY, sendo necessário ainda destacar os nomes de, LEVIATHAN, GLENCOE e LEXINGTON (linhagem de SIR ARCHIE),campeão em 16 ocasiões, que havia sido relegado a segundo plano pelo General Stud Book da Grã Bretanha, com recusa inclusive de sua descendência neste registro.
Outros cavalos de grande influência na criação norte americana, foram: COLIN, verdadeira raridade em corrida, foi invicto em 15 atuações, de 1907 a 1908, vencendo inclusive o Belmont Stakes; EXTERMINATOR, com o apelido de "Old Bones" venceu 50 das 100 corridas que participou em 8 temporadas, denotando notável resistência, justificando seu apelido; EQUIPOISE- apelidado de "Soldado de Chocolate" pela sua rica e extraordinária pelagem, e com até a idade de 7 anos venceu nos anos trinta, 29 corridas das 51 apresentações que efetuou.
Merecem ainda especial referência os nomes de: MAN O'WAR, sua última corrida foi em 1920, e venceu 20 das 21 apresentações que teve; posteriormente, tornou-se atração turística como garanhão, tendo sido recentemente eleito o "Cavalo do Século" pelos norte americanos; COUNT FLEET, ''tríplice coroado'' de 1943, venceu o Belmont Stakes por 25 corpos, na corrida final de sua campanha; NATIVE DANCER, conhecido como o ''Fantasma cinza'' (Gray Ghost) tornou-se um ídolo público, venceu 21 corridas em 22 atuações, perdendo apenas o Kentucky Derby de 1953 para DARK STAR e sua atuação na reprodução traduziu-se em marco da criação mundial; KELSO - único cavalo eleito ''cavalo do ano'' por 5 vezes consecutivas, reinando de 1960 a 1964 e finalmente o destaque do nome de SECRETARIAT - ''tríplice coroado'' que venceu o Belmont Stakes por 31 corpos em record mundial; e tornou-se uma verdadeira lenda do turfe americano.
Muito embora os tropeços da guerra de Secessão, os centros de corridas foram surgindo, destacando-se as regiões de Nova York, Maryland e Kentucky; surgindo as primeira edições de corridas como Belmont Stakes, que comemorava o nome de um destacado proprietário e criador da época; August Belmont; o Preakness Stakes e o Derby de Kentucky disputado em Churcill Downs, Louisville, Kentucky.
Assim, as corridas e apostas, foram evoluindo a tal ponto de os EUA, deter atualmente o primeiro posto do turfe e criação mundial, com premiação distribuída anualmente ao redor de 180 milhões de dólares, e com uma produção anual de produtos ao redor de 40.000; três vezes maior que a Grã Bretanha e quase seis vezes maior que a França.
AUSTRÁLIA - O cavalo era desconhecido na Austrália e Nova Zelândia quando os primeiros colonos ingleses, ali se instalaram no final do século XVIII. Atualmente só são superadas pelos EUA em termos numéricos, com mais de 25.000 cavalos de corrida que competem por prêmios que ascendem a 25 milhões de dólares australianos ao ano. A sua criação é próspera com alto índice de importação em seus sementais, prevalecendo a política de produzir cavalos duros, dotados de resistência e da maior velocidade possível. Cada estado conta com um programa próprio de corridas, destacando-se as provas de Melbourne, Sidney e Brisbane.
JAPÃO - Os primeiros Puro Sangue que chegaram ao Japão em 1895, procediam da austrália. O público não tardou em aceitar o novo esporte das corridas, que havia sido introduzido para cavalos nativos, por insistência dos residentes ingleses, das imediações de Yokohama, quase 25 anos antes. A criação japonesa, com um saldo de 542 éguas após a Segunda guerra mundial, tem dado passos de gigante, e atualmente produz algo em torno de 7.000 produtos/ano. E muito embora o alto poder aquisitivo, favoreça a introdução de linhagens "top" , da criação mundial, o criatório japonês ainda esta para demonstrar sua capacidade de produzir animais de talhe internacional.
Através de sua intervenção em corridas de mais de 50 países, o Puro Sangue Inglês, tem dado mostras de sua indiscutível capacidade de adaptação . A criação de exemplares de qualidade superior exige um clima temperado e uniforme, como é o que caracteriza certas regiões da Europa, América do Norte, Argentina, Austrália, Nova Zelândia, Japão sudeste e sul do Brasil, e em menor medida, na África do Sul.
As facilidades proporcionadas pelo moderno transporte aéreo, tem incrementado a criação a nível internacional através da renovação e melhoria da qualidade de cada plantel; mas a competição entre as nações, segue com restrições, nas insuperáveis diferenças de estações, métodos de criação e treinamento, condições próprias de pistas, aclimatação, etc. Na seqüência o PSI no Brasil.
Fonte: www.acpccp.com.br
CAVALO PURO SANGUE INGLÊS
Escrever sobre o PSI no Brasil é basicamente escrever sobre os grandes haras e os principais corredores que deles saíram, desenhando assim um perfil todo especial da evolução de nossa criação desde seus limites rigorosamente domésticos até a sua entrada, embora ainda um tanto tímida e conquistada realmente por muito poucos, no cenário internacional. Os amadores do século XIX perdem significação. Os construtores mais sólidos e profissionais do século XX são os verdadeiros autores desta tão curta história. Através da vida destes haras, nossas corridas de cavalo, nossos cavalos de corrida ganham o exato colorido, de início pintado de maneira um tanto impressionista e, pouco a pouco, ganhando maior nitidez.
Para entendermos o PSI, dois nomes surgem como fundamentais no mundo da criação: o Haras Guanabara e os Haras São José e Expedictus. O primeiro representou, quando de sua fundação e do surgimento nas pistas de sua primeira geração completa (a de 1945), uma profunda e estrutural revolução dentro da nossa história; seu turning-point indiscutível. Com o Guanabara, tudo que veio antes dele e insistiu em manter a mesma política de criação simplesmente naufragou. A revolução imposta pelos irmãos Roberto e Nelson Grimaldi Seabra no campo de criação construído em Bananal (trazendo um pouco da Normandia para o interior de São Paulo) provocou uma renovação e uma atualização em limites que, até hoje, são percebidas pela influência sobre os inúmeros novos haras (pequenos ou grandes) que foram fundados desde então.
A política dos irmãos Seabra no Guanabara foi absolutamente internacional. Da formação dos piquetes ao emprego de pessoal altamente qualificado, da importação de garanhões ao rigor admirável na seleção das linhas maternas para a formação de seu plantel básico de éguas-mães, da preocupação com os acasalamentos que implicaram no envio de reprodutoras para a Europa e para a Argentina até o extraordinário bom gosta de suas construções,
Padrão do Cavalo Puro-Sangue Inglês
Pelagem – preto (uniforme), castanha (com suas variações), alazão (tostado e ruão) e todilho (com suas variações).
Altura – em torno de 1.60m.
Peso – aproximadamente 450kg.
Temperamento – energético, de grande vitalidade e as vezes indóceis.
Cabeça – perfil reto ou levemente ondulado, olhos grandes e expressivos, pálpebras finas, narinas grandes, finas e dilatadas nas asas, orelhas esbeltas, finas e móveis.
Pescoço – reto e bem musculoso, comprido e bem unido ao tronco, crina fina e discretamente abundante.
Cernelha – discretamente elevada e musculosa na base.
Dorso – reto, comprido e musculoso, largura proporcional, em união reta com a região lombar.
Lombo – largo, curto em prolongamento reto ao dorso e bem unido a garupa, formando um só corpo.
Peito – visto de frente deve ser ligeiramente estreito e sem exagero de profundidade para conservar a harmonia.
Tórax – visto de perfil deve dar a impressão de grande capacidade pulmonar, tão comprido quanto possível, com costelas compridas e pouco arqueadas com tendência à direção caudal.
Raça selecionada na Inglaterra pelo cruzamento de três garanhões puro sangue árabe com éguas da Inglaterra e da "Royal Mares" da península ibérica. O objetivo da seleção do Puro Sangue Inglês era de obter cavalos para corrida de longas distâncias, no entanto é usado para corridas curtas em distancia de mil a dois mil metros, em pistas planas. São animais velozes e bem proporcionados que possuem capacidade atlética, vigor físico e mental. Corajoso, porém nervoso e excitável e temperamento difícil. É o mais veloz dos eqüinos e considerada uma raça melhoradora que entrou na formação das principais raças modernas de cavalos para esporte.
O Cavalo Puro-Sangue Inglês é Também conhecido por Thoroughbred, Inglês de corridas ou Puro-Sangue de carreira. Há muitos séculos que se praticava a corrida de cavalo na Inglaterra. A fim de melhor sua velocidade, desde o século XVI se fez importações de cavalo orientais, até o reino de Carlos 11 (1660-1685), o qual importou duas éguas berberes que muito influíram na formação da cinqüenta "Royal Mares", que constituíram a base da formação do P.S. inglês ao lado dos garanhões "Godolphin", "Byerley" e "Darley'. Godolphin" tinha sido dado pelo Bey da Tunísia ao rei Luis XV. Era um cavalo Berbere. Não sendo devidamente apreciado, passou para mãos mais modestas, chegando ás de um aguadeiro. Um inglês, Mr.
Cooke, achando-os em miserável estado, reconheceu seu mérito e o levou para a Inglaterra em 1724, entregando-o a lorde godolphin, que o usou como rufião. Cobrindo uma égua, deu seu primeiro filho "lath" um corredor notável. "byerley' era um cavalo turco, trazido pelo cap. Byerley para a Inglaterra em 1865. Deu o "king Herod", que foi o melhor corredor e reprodutor de seu tempo. "Darley" era um cavalo Árabe, trazido de Alepo em 1712, adquirido por um criador de nome Darley, do Yorkshire. Procriou "Flying Childers", que não teve competidor em sua época. Um dos melhores cavalos da raça foi "eclipse', que era bisneto paterno de 'Flying Childers" e materno de "Godolphin". O registro genealógico data de 1797 e parece ter sido o primeiro feito nos moldes atuais. Especializado em alta velocidade.

CARACTERÍSTICAS DA RAÇA

Descrição peso de 400 a 500 kg. Estaturas de 155 a 173 cm -160 em média. Pelagem As cores predominantes da pelagem são o castanho queimado, o alazão, o castanho simples, o tordilho e o negro, na ordem decrescente. A pele é final e sensível, deixando ver o sistema vascular subcutâneo. Os pêlos são ralos, sedosos e finos, e as crinas, também finas, escassas e brilhantes. Cabeça a cabeça é pequena, larga, seca, expressiva, de perfil direito, ligeiramente ondulado, levemente convexo nos garanhões e côncavo nas éguas. A fronte é plana e larga e a face estreita. As orelhas são proporcionadas, ou seja, médias, delgadas, afiladas, móveis, implantadas baixo. Os olhos são grandes, vivos, proeminentes. As narinas são largas, finas, dilatadas, rosadas e úmidas internamente. Os maxilares afastados, musculosos, revelando energia e a garganta é leve e limpa. Pescoço: comprido, direito, piramidal e bem ligado ao tronco.

Corpo

O corpo do P.S. inglês apresenta grande variabilidade de formas de maneira que não é fácil reconhecê-lo, o que alias sucede com outras raças de cavalo de origem semelhante. Só o registro do "Stud book" pode atestar sua pureza. O corpo é longo. A cernelha é alta, seca e longa. O dorso é o rim curto, ambos largos, direitos e musculosos. O rim é ás vezes arqueado, e outras, um poucos comprido. A garupa é comprida, poderosa, não muito larga, horizontal, porém há bons corredores de garupa inclinada. As ancas são bem musculadas. A cauda é fina, alta, acompanhada a linha da garupa e balança-se durante a marcha. O peito é um pouco estreito, ainda que musculoso. O tórax é alto é profunda, com as costelas um pouco arcada, ás vezes estreitas, dando costado plano. Flanco curto, e ventre cilíndrico, pouco desenvolvido, ou esgalgado no cavalo em exercício.

Membros

Os membros são alongados e finos, revelando adaptação á velocidade. Os quartos traseiros são compridos. As espáduas são longas, bem oblíquas, secas. O braço é musculoso, relativamente curto e o antebraço muito longo. A canela é curta em relação aquele. O joelho é forte e direito, com a sôldra baixa e m pouco para fora. A coxa e a perna são compridas. Os jarretes são altos e direitos. Os tendões são muito fortes e assinalados, e as articulações largas e incisivas. As quartelas são longas e medianamente inclinadas e os cascos médios, duros.

Aptidões e outras qualidade

O cavalo inglês é especializado na alta velocidade, alcançando 15 a 18 metros por segundo, porém o que ganha em velocidade, perde em resistência. Distinguem-se dele dois tipos: o "Flyer", para carreiras curtas de 800 a 2.000 m., de espáduas mais verticais e garupa mais caídas muito nervoso, mais veloz e o "Stayer", para corridas mais longas, de 3 a 4.000 m., mais forte, de paletas mais oblíquas, garupa horizontal, de ângulos mais abertos, menores e mais elegantes. É capaz de saltar até 2,5 m de altura e 7,5 de vão. Geralmente corre de 1 a 3 anos, depois, ou se inutiliza ou, levado para a reprodução ou outra utilização, segundo o sexo e qualidades. Seu temperamento é extremamente nervoso. Costuma ter boca dura e mau gênio, sendo difícil de conduzir. Goza de boa reputação como reprodutor, sendo utilizado em quase todos os países para a produção de "meios-sangues" para fins militares e esportivos, escolhendo-se para isso os reprodutores mais reforçados e harmônicos, que, em geral, não alcançam bom êxito nas corridas. Comunica aos mestiços nervos, altura e agilidade. Contribuiu para o melhoramento e formação de numerosas raças, com as quais revela traços de semelhança: Pontoneiro, Quarto-de-milha, Trakchner, normando, etc. Em nosso país tem sido recomendado sobretudo para a produção de cavalos para a remonta do exército. Seus "meios-sangues" são também utilizados para fins desportivos, notadamente equitação
A raça Puro-Sangue Inglês (Puro Sangue de Corrida) foi formada ou estabelecida na Inglaterra, por volta de 1730, durante o reinado de Charles II.
Teve como base alguns garanhões Árabes ou Berberiscos, destacando-se entre eles Darley Arabian, Birley Turk e Godolphin Bart, que foram cruzados com éguas nativas das ilhas Britânicas, já impregnadas de sangue árabe como resultado da entrada de animais destas raças, vindos em invasões anteriores.
Foram fundamentalmente importantes, 30 éguas denominadas Royal Brood Mares, selecionadas meticulosamente e pertencentes, como diz seu nome, ao Haras Real.
Sem dúvida alguma, o meticuloso espírito inglês foi fundamental na anotação e observação dos primeiros animais produzidos e graças a isto, foi efetuada rigorosa e objetiva seleção nos primórdios da raça.
Remonta a 1704 os primeiros produtos registrados e constantes do Stud Book Inglês (General Stud Book).
Foi esta raça selecionada evidentemente com o objetivo de disputar corridas as quais eram naquela época, de longas distâncias, se comparadas com as atuais.
A rigorosa seleção anteriormente citada e a ginástica funcional naturalmente advinda das competições e das preparações, para elas, fizeram do Puro-Sangue Inglês um animal extremamente bem desenvolvido no sentido de uma poderosa estrutura óssea e muscular, aliadas a uma grande agilidade e saúde geral.
Fixando-se durante cerca de 270 anos estas características com objetivos fundamentalmente funcionais, é hoje o Puro-Sangue Inglês, um animal de características absolutamente definidas, podendo ser considerado zootecnicamente como raça pura.
Mercê de suas qualidades de destreza e vigor, de sua perfeição física e de grande precocidade, tem o Puro-Sangue Inglês desempenhado em todo mundo o papel de um melhorador de raças fisicamente inferiores, produzindo excelentes mestiços para esporte, tração leve e em determinada época, excelentes cavalos para fins militares, inclusive combate.
Para ser aceito como puro, deve o Puro-Sangue Inglês apresentar oito gerações de animais puros registrados no Stud Book Oficiais.
O registro, o pedigree e o certificado de origem emitido por um Stud Book são documentos aceitáveis e reconhecidos em todo mundo, o que dá a esta raça uma condição de pureza e reconhecimento universal.

Um comentário:

  1. faltou as finalidades e usos ... to procurando para apresentar um seminário ;-(

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