segunda-feira, 11 de abril de 2011

ANDALUZ

Cavalo dos Reis

O CAVALO LUSITANO OU ANDALUZ

"... São cavalos fortes, curtos, valentes com os touros, ardentes se provocados e calmos se não excitados, velozes na corrida e rápidos nas voltas e de bom passo, finos à espora, submissos, de boa boca, infindáveis, resistentes a tudo..."
"... Um cavalo de rei em dia de triunfo"
"... A raça lusitana é uma raridade. Rara pelo seu reduzido número. Rara pelas raras qualidades que continua a transmitir" "...Criar o Puro Sangue Lusitano é entrar nesse mundo mágico da intuição e o criador fica apaixonado e vai fazendo o cavalo à imagem do seu sonho."

QUEM É ESTE CAVALO?

Qualquer um que tenha um gosto refinado, quando coloca os olhos em um cavalo Lusitano sente logo a empatia de um cavalo com alma generosa, grandiosa, alimentada por um sangue quente.
Quando olhamos um Lusitano em trabalho, conseguimos enxergar não apenas um harmonioso conjunto de músculos em movimento, mas além disto, podemos enxergar um cavalo com um espírito guerreiro, que consegue despertar em nós aquele desejo quase que incontrolável de querer possuir esse poderoso animal.

O INICIO DA RAÇA

No princípio criou Deus os céus e a terra, depois criou o cavalo de sela, lá estava o início do Puro Sangue Lusitano.
Ainda que pareça exagero, mas verdade seja dita, há pelo menos 4000 anos de história desta raça. O Cavalo Lusitano freqüentemente é citado nas crônicas antigas como o "Cavalo Guerreiro da Lusitânia", qualidade esta, que até hoje conserva-se a raça.
O Andaluz é hoje denominado PSL (Puro Sangue Lusitano) quando criado em Portugal e como Pura Raça Espanhola quando criado na Espanha. A criação e origem, entretanto é a mesma. A divisão dos nomes das raças deu-se a partir da Guerra Civil Espanhola.
Por ser uma raça de muita fecundidade suas éguas criaram tantos filhos que, de trezentas éguas mandadas para a América no começo do séc. XVI, um século mais tarde a América era ocupada por milhões de cavalos.
Com esses cavalos foi conquistada a América pelos espanhóis, com eles os mexicanos ocuparam o Texas, Colorado, etc. e com eles os "Yankees" ocuparam o "West".
Deles, derivam os trotadores francês, os cavalos de Cliveland, e os Hackneys, deles a base mais funda dos Puro Sangue, deles derivam, Anglo Normando, Limosino, Oldemburgo, Holstein, Hannover, quase todas as raças italianas, e na América todas as raças.
Origem: formada no Brasil com o cruzamento de reprodutores puro sangue lusitanos e pura raça espanhola entre si ou através de cruzamentos absorventes destes reprodutores com éguas nacionais.
Características: altura média de 1.55 m., cabeça de perfil reto ou subconvexo, orelhas médias, pescoço forte e arredondado na linha superior, garupa arredondada, com movimentos ágeis e elevados e grande predisposição para a reunião. Nobre e dócil, com temperamento muito vivo.
Aptidões: sendo fogoso, porém dócil, e tendo grande facilidade para o aprendizado, presta-se para o adestramento, passeios, enduro, hipismo rural e trabalhos com o gado.

espanhol

O moderno Andaluz descendente do cavalo Espanhol, o qual, como o Árabe e o Berbere, teve a maior influência sobre a população equina do mundo. Até o século XIX, o cavalo Espanhol era considerado o melhor da Europa. Toda a equitação clássica das escolas do Renascimento se baseava nele. A famosa escola de equitação de Viena é chamada ‘Espanhola’ em sua honra (spanische Reitschule), e seus famosos Lipizzaners brancos descendem directamente de cavalos exportados da Espanha para Lipica, na Eslovénia, no século VI. O cavalo Espanhol teve influências dominante em quase todas as raças e é a base da maior parte dos cavalos existentes na América Latina.
Criação: Na Anadaluzia, a criação está centrada em Jerez de la Frontera, Córdoba e Sevilha, onde foi preservada pelos mosteiros cartuxos. O cavalo Espanhol pode ter derivado de uma mistura do nativo Sorraia com o Tarpan e com os Berberes trazidos pelos mouros do norte da África.
Características: O Andaluz é um cavalo de grande presença. Embora não seja muito veloz, é ágil e atlético. Tem uma cabeça de extraordinária nobreza, o perfil característico, dito ‘de falcão', crina e cauda longa, luxuriantes, e, com frequência, aneladas.
Influências: Berbere: Responsável principal pelo ardor, bravura, robustez e grande agilidade. Sorraia: Fundamento ‘primitivo’ da raça, deu-lhe força e notável resistência. 
Altura: Média é cerca de 1,57m.
Cores: Tordilho, Castanho, Alazão
Usos: Sela, Touradas, Adestramento, Shows.
O mais antigo cavalo de sela da civilização ocidental e também o mais importante na história eqüestre é o andaluz, um cavalo típico do sul da península ibérica, muito semelhante ao berbere do norte da África. Cinqüenta séculos antes da nossa era já se falava desta raça: o andaluz atravessou a idade do cobre, do ferro e do bronze e era utilizado pelos guerreiros da era neolítica em seu s exercícios eqüestres.
Geologicamente, a entrada do andaluz na América é explicada através de um cataclisma geológico que abriu o estreito de Gilbratar, dividindo a Europa e a África, então ligados por terra. O fenômeno fez com que, embora separados, os dois continentes mantivessem as mesmas espécies de fauna, flora e particularmente de cavalos, nos litorais banhados pelo mediterrâneo - o sul da Espanha e o norte da África. Foi da Europa e da África que os cavalos emigraram em três rotas distintas, espalhando-se pelo mundo.
Eram andaluzes da ilha de São Domingos os primeiros cavalos que chegaram ao Brasil trazidos por Tomé de Souza em 1549, por Antonio de Oliveira para a Bahia e Cristóvão de Barros no vale do São Francisco. E foi a raça que deu origem aos cavalos brasileiros, do sertanejo ao crioulo. Por causa desta sua ligação com a história do mundo e por ter auxiliado na formação das melhores raças de cavalos da atualidade, o cavalo andaluz é também conhecido como "o cavalo colonizador".
Cavalo de porte médio, de caráter nobre e dócil o andaluz é um animal muito fogoso, alegre, inteligente e com muita facilidade para o aprendizado. Seus movimentos são ágeis, elevados e extensos, energéticos porém suaves; um animal apto para a reunião. Por causa destas qualidades, o andaluz é especialmente próprio para o hipismo amador e principalmente para o adestramento, onde executa quaisquer movimentos de alta escola, com graça e beleza.
Outra característica marcante do andaluz é a sua potência digestiva, que faz com que ele se mantenha em condições precárias de alimentação em situações onde a maioria das outras raças finas pereceria. Sua manutenção é, assim, mais econômica que a de outras raças, principalmente as derivadas do puro-sangue inglês. A garupa arredondada, os movimentos ágeis e garbosos de suas pernas, o pescoço erguido semelhante ao de uma garça, a cabeça pequena onde brilham dois olhos de fogos, as orelhas pequenas e atentas, fazem do conjunto total de suas formas o mais bem acabado modelo da raça cavalar.
Raça autóctene da Península Ibérica de origem berbere foi melhorada pelos mouros durante sua invasão de quatro séculos pela introdução de reprodutores berberes e árabes, sendo posteriormente conservada e selecionada através dos séculos pelos frades cartejanos de Jerez de la Frontera e pelos criadores de Espanha e Portugal.
É a mais velha raça de cavalos registrada no mundo e foi básica para a formação de quase todas raças de cavalos do mundo, entre os quais citamos: PSI, Anglo-Normanda, Hanoveriana, Trakehrierm Oldenburg, Napolilana, Hulstein, Passo Fino, Frederiksborg, Orloff Quarter-horse, Mangalarga, Campolina, Crioula, além da famosa raça Lippizana.
Em 1966 a Espanha cedeu alguns cavalos para os Estados Unidos da América , onde existem atualmente cerca de 300 espécimes da raça Puro-Sangue Andaluz Espanhol. Posteriormente por deferência especial da Estação Zootécnica de Portugal, foram introduzidos no Brasil reprodutores Andaluzes Lusitanos da melhor categoria existente na Península Ibérica.
Atualmente os cavalos Andaluzes nascidos na Espanha, constituem a raça Espanhola e os nascidos em Portugal, a raça Lusitana.
Cavalo forte e rústico, de temperamento nobre, dócil, sóbrio e resistente. Seus movimentos são ágeis elevados, extensos e enérgicos, mais versátil que qualquer cavalo, é treinado para adestramento, apresentando-se bem no salto, lida com gado e tração ligeira.
Para criador que queira melhorar a estrutura, o temperamento e os andamentos de seus animais, não existe melhor raça de sangue a introduzir no cruzamento com qualquer outra raça.
É o cavalo ideal para o homem atual: mesmo permanecendo vários dias estabulado, pode ser montado sem receio, pois é sério, não tem vícios nem maldades.
Uma vez montado um cavalo Andaluz, jamais se montará outro cavalo com tanto prazer e tranqüilidade.
O moderno Andaluz descendente do cavalo espanhol, o qual, como o árabe e o berbere, teve a maior influência sobre a população eqüina do mundo. Até o século XIX, o cavalo espanhol era considerado o melhor da Europa. Toda a equitação clássica das escolas do renascimento se baseava nele.
A famosa escola de equitação de Viena é chamada ‘Espanhola’ em sua honra (spanische Reitschule), e seus famosos Lipizzaners brancos descendem diretamente de cavalos exportados da Espanha para Lipica, na Eslovénia, no século VI. O cavalo Espanhol teve influências dominante em quase todas as raças e é a base da maior parte dos cavalos existentes na América Latina.

Criação

Na Anadaluzia, a criação está centrada em Jerez de la Frontera, Córdoba e Sevilha, onde foi preservada pelos mosteiros cartuxos. O cavalo Espanhol pode ter derivado de uma mistura do nativo sorraia com o tarpan e com os Berberes trazidos pelos mouros do norte da África.

Características

O Andaluz é um cavalo de grande presença. Embora não seja muito veloz, é ágil e atlético. Tem uma cabeça de extraordinária nobreza, o perfil característico, dito ‘de falcão', crina e cauda longa, luxuriantes, e, com freqüência, aneladas.

Influências

Berbere: Responsável principal pelo ardor, bravura, robustez e grande agilidade.
Sorraia: Fundamento ‘primitivo’ da raça, deu-lhe força e notável resistência.

Altura

Média é cerca de 1,57m.

Cores

Tordilho, castanho, alazão

Usos

Sela, touradas, adestramento, shows
ANDALUZ A raça Andaluza, também chamada Espanhola, é originária da Andaluzia e fronteira de Castela Nova. Os cavalos mais puros eram da região de Córdova.
Originou-se do cruzamento de éguas autóctones do tipo germânico, primitivamente introduzidas pelos vândalos, com cavalos orientais trazidos pelos mouros (cavalo africano) constituindo o "Puro Sangue da Idade Média", que se distinguia pela cadência, ligeireza e garbo do seu andar (andamento trotado hereditário).

CARACTERÍSTICAS DA RAÇA

Descrição

O peso varia de 400 a 450 Kg. Estatura: A estatura do Andaluz oscila entre 148 a 156 cm, sendo desejados 156 cm para o garanhão e 150 para a égua. Perímetro Torácico: 183 cm no macho e 177 na fêmea, em média.

Pelagens

São escuras as cores predominantes da raça, na ordem decrescente, a castanha, a tordilha rodada, a negra, e mais raramente a alazã. A pele é fina e mórbida, os pêlos finos e as crinas finas, sedosas, abundantes e onduladas.

Cabeça

A cabeça é relativamente grande, comprida, estreita, grossa, seca, de perfil acarneirado (convexo), encontrando-se, contudo animais de fronte plana e perfil direito.
As orelhas são um pouco compridas e espessas, de implantação baixa separadas, às vezes um pouco acabanadas, o que é defeito.
A fronte é espaçosa, os olhos vivos, não proeminentes, as narinas pouco dilatadas e os lábios grossos. Pescoço: É rodado, curto e grosso, musculoso, sobretudo, na base, com ampla união com o tronco e com crineira basta.

Corpo

A aparência do conjunto é de um animal curto e alto, robusto e de formas harmoniosas. A cernêlha alta, mas curta e descamada.
O dorso e lombo são curtos, largos e flexíveis, porém, o lombo, às vezes longo e um pouco enselado. A garupa é bastante musculosa, ampla, redonda, um pouco caída, com as nádegas baixas. A cauda é baixa, graciosa, com crinas abundantes e compridas.
O peito é largo,musculoso. O tórax amplo, com costelas arcadas e o ventre volumoso. Membros: Os membros são longos, finos, nítidos, com tendões destacados, desprovidos de pêlos longos no machinho. As espáduas são compridas, oblíquas e musculosas.
Os braços e antebraços são musculosos e curtos. As ancas e nádegas são muito musculadas, as pernas estreitas, os joelhos altos e largos, as canelas redondas e longas, os jarretes curtos, os tendões fracos e pouco aparentes, as quartelas longas e inclinadas, as castanhas finas e pequenas, os cascos fortes, de tamanho antes pequeno, com ranilha longa e talões altos e os aprumos um pouco apertados, mormente nos jarretes.

Aptidões e outras qualidades

O Andaluz deve ser classificado entre os cavalos de dupla utilidade, pois tanto se presta para sela como para a tração de carruagens. Para esses fins ostenta extraordinária elegância e graça, ao lado de outras qualidades importantes como robustez, rusticidade, docilidade, energia, sendo capaz de fazer 70 a 90 quilômetro por dia, suportando perfeitamente o calor. Seu esqueleto é forte e sua compleição robusta.
O desenvolvimento dos potros é lento. Apresenta grande afinidade com certos tipos de cavalos nacionais, como o Mangalarga, Campolina e muitos outros animais marchadores e fortes, que indiretamente provem dessa raça.
Daí o interesse que essa raça tem despertado entre os brasileiros,


sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Appaloosa

Histórico

Domados ou Selvagens, os cavalos palouses coloriam as pradarias em galopes de liberdade ou montados pelos guerreiros indígenas que orquestravam o tropel com repetidos brados.
Appaloosa
Não por acaso que a imagem mundialmente se perpetuou da Raça Cavalo Appaloosa é a do cavalo de indíos.
Nas ancas, dorso e cernelha o pincel da criação salpicou cores diferentes, distribuiu pintas escuras sobre a pelagem básica, algumas vezes carregou mais o pincel nas ancas em formato de mantas... As pelagens negra, alazã, castanha, zaina, baia, palomina, tordilha e rosilha ganharam composições como em nenhuma outra raça da espécie eqüina.
Formada a partir dos cavalos introduzidos pelos colonizadores europeus na América, estes animais de plástica inigualável corriam soltos pela bacia do rio Colúmbia e seus afluentes onde foram capturados e domesticados pelos Nez Perce, índios guerreiros que habitavam o vale do rio Palouse, uma região dominada pelos colonizadores franceses. Os Nez Perce domavam os cavalos pintados, usando-os como meio de transporte, montaria de caça e como instrumento de guerra nas constantes batalhas com os brancos.
Ágeis, rústicos, velozes e resistentes, os cavalos pintados dos Nez Perce atraíam a atenção dos colonizadores, atribuindo-se aos franceses o nome que estes animais receberam, La Palouse, numa referência ao rio de mesmo nome, situado, hoje, no Estado do Oregon. Excepcionais para cavalgadas de longas distâncias e na travessia de regiões íngremes e áridas, o cavalo dos Nez Perce foram submetidos a uma rigorosa seleção baseada na resistência, coragem e pelagem pintada. Os indivíduos que não acentuavam estas características eram castrados - para não serem utilizados na reprodução - e utilizados apenas como animal de montaria.
A técnica de seleção, adotada há mais de 100 anos, acabou garantindo a preservação das principais características destes animais, em especial sua variada e exótica pelagem. Apesar de a autoria da primeira seleção da raça na América ser atribuída aos Nez Perce, historiadores acreditam que a origem de cavalos com a pelagem típica do moderno Cavalo Appaloosa é ainda mais antiga. Pinturas rupestres encontradas na Espanha e nas famosas cavernas de Lascaux, na França, desenhadas 18 mil anos antes de Cristo, revelam figuras de cavalos com características semelhantes as do Cavalo Appaloosa. Outros registros de cavalos pintados foram encontrados em pinturas chinesas datadas de 5.000 anos a.C. e em cavalos selecionados na antiga Pérsia há 1.600 anos.

Das batalhas a preservação

Na medida em que os colonizadores foram estabelecendo seus ranchos e implantando a pecuária no Oeste americano, a aptura de cavalos selvagens para utilização na lida se transformou em fator de sobrevivência.
Appaloosa
Cobiçados pelo homem branco, os La Palouse passaram a ser motivo de disputas constantes, notadamente quando foram estabelecidas as rotas comerciais entre o Sul e o Norte, necessitando-se percorrer grandes distâncias a cavalo. Surgiam as batalhas e a vida indígena começou a sofrer grandes alterações. Em 1877, num histórico confronto entre os Nez Perce e a cavalaria americana, os La Palouse serviram de montaria de um povo inteiro numa rota de fuga que percorreu mais de dois mil quilômetros. Quando os Nez Perce se renderam em Montana - Estado americano na fronteira com o Canadá -, os cavalos que sobreviveram aos ataques foram distribuídos entre os soldados, deixados para trás ou simplesmente dispersos.
Crescia a decadência das nações indígenas, e sua reclusão em reservas a partir do início do século XX provocou a quase extinção da população eqüina, especialmente destes cavalos pintados. Espalhados pelo vasto território americano, os animais sobreviventes enfrentaram, ainda, o advento da motorização agrícola e a ramificação das ferrovias. Salvo exceções, o cavalo nos Estados Unidos foi colocado em segundo plano.
No entanto, na busca de resgatar os áureos tempos dos La Palouse e a cultura que a ele era atribuída, apaixonados por estes animais - rancheiros, criadores, descendentes dos Nez Perce e leigos - do Estado de Idaho fundaram, na década de 30, o Cavalo Appaloosa Horse Club - APHC, entidade que se tinha por objetivo maior preservar a história da Raça e garantir seu desenvolvimento. Dentre estes objetivos estava a utilização do cavalo no esporte e lazer, práticas que começaram a crescer na medida em que a mecanização invadiu a zona rural. Criadores, rancheiros, profissionais do cavalo, esportistas, entidades governamentais se envolveram no movimento.
Esta nova realidade foi fundamental para o renascimento do Cavalo Appaloosa. Buscava-se a seleção de animais fortes, ágeis, corajosos, mas que também que tivessem nos genes a capacidade de transmissão da pelagem exótica típica da Raça. No programa de seleção estabelecido a partir dos anos 30, foram feitas infusões de sangue de cavalos das Raças Árabe, Puro-Sangue-Inglês e, predominantemente do Quarto de Milha.
Destes cruzamentos nasceu, no conceito dos americanos, um tipo de cavalo com características únicas como a pelagem pintada, os cascos rajados, a pele malhada e a esclerótica branca, ou seja, aquela membrana que reveste o globo ocular.
Nas décadas seguintes os Cavalo Appaloosas começaram a desenvolver aptidões para diferentes provas eqüestres, notadamente as chamadas western como Apartação, Rédeas, Laço de Bezerro, Laço em Dupla baseadas na lida dos ranchos, além de Baliza, Tambor, etc. As habilidades do Cavalo Appaloosa como cavalo funcional e de esporte passaram a ser cultivadas em eventos públicos, especialmente nos rodeios, vitrine maior das competições dos rancheiros americanos.
Resgatado da quase extinção, o Appalosa rompeu as fronteiras dos Estados Unidos a partir dos anos 50, se estabelecendo em outros países e continentes, sendo selecionado atualmente no Canadá, Venezuela, Austrália, Alemanha, Itália, Espanha, Israel e Brasil. Em nosso País chegou há quase três décadas, se expandiu a partir do Estado de São Paulo e já se consagra como o segundo maior e mais importante plantel mundial.

Padrão Racial

Aprenda a identificar as características morfológicas básicas do cavalo Cavalo Appaloosa
Appaloosa
O Cavalo Appaloosa é um animal de sela, sendo desta forma útil nos trabalhos rurais, nos trabalhos com gado e também apresenta grande habilidade em velocidade a curtas distâncias.

APARÊNCIA

Animal de porte médio, expressando resistência, agilidade e tranqüilidade. Quando não está em trabalho deve conservar-se calmo, mantendo a própria força sob controle. Na posição em estaca mantém-se reunido, apoiado sobre os quatro pés, podendo partir rapidamente em qualquer direção.

PELAGEM

Admite-se que o Cavalo Appaloosa possa apresentar pelagem alazã, alazã tostada, baia de alazã, palomina, baia, preta, zaina, castanha, tordilha, rosilha, lobuna, podendo ter ou não variação na pelagem.
Variações na Pelagem:

LEOPARDO

Refere-se ao animal branco com manchas ou pintas da pelagem básica em todo o corpo, inclusive na cabeça, pescoço e membros.

MANTA

Área branca sólida, geralmente sobre a região dos quartos, mas sem se limitar sobre a mesma. Na manta normalmente encontra-se pintas ou manchas da pelagem básica.

PINTAS OU MANCHAS

Pontos brancos geralmente sobre a região dos quartos, mas sem se limitar sobre a mesma, podendo apresentar-se com pintas da pelagem básica.

NEVADO

Refere-se ao animal que apresenta uma mistura de pêlos brancos e pêlos da cor básica geralmente sobre área dos quartos, podendo ser até por todo o corpo. Assemelha-se a flocos de neve caídos sobre a pelagem básica, podendo apresentar pintas da pelagem básica na mesma área.

PELE

A pele despigmentada é uma característica importante para o Cavalo Cavalo Appaloosa, sendo um indicativo básico e decisivo na raça. Tem a aparência "mesclada", de área pigmentada e área não pigmentada, diferente da pele cor-de-rosa. Esta pele mesclada pode ser encontrada em várias partes do corpo. Além da área ocular, focinho, pode ser encontrada na região retal, no períneo, nos genitais e úbere das fêmeas.

ANDAMENTO

Harmonioso em reta, natural, baixo. O pé é levantado livremente e recolocado de uma só vez no solo, constituindo-se no trote de campo.

ALTURA

São animais cuja altura média é de 1,50 m.

PESO

500 kg, em média.

CABEÇA

Pequena e leve, com fronte ampla e de perfil retilíneo. As faces, também denominadas ganachas, são cheias, grandes e muito musculosas.
Vistas de lado são chatas, discretamente convexas e abertas de dentro para fora quando vistas de frente, o que proporciona serem bem mais largas que a garganta. Desta forma, a flexão da cabeça é muito acentuada, permitindo grande obediência às rédeas. Em posição normal, a cabeça deve ligar-se ao pescoço em ângulo de 45°.

ORELHAS

Pequenas, alertas, bem distanciadas entre si, e com boa movimentação.

OLHOS

Grandes e devido ao fato da fronte ser ampla, bem afastados entre si permitindo um amplo campo visual, tanto para a frente como para traz, ao mesmo tempo, com o mesmo olho. A área ocular que rodeia a córnea, esclerótica branca, é mais evidente que em outras Raças. Nos outros animais, a esclerótica branca é visível se ocorrer movimento do globo ocular para os lados, para cima, para baixo e se a pálpebra for levantada.
Essa característica é muito peculiar no Cavalo Appaloosa, desde que não esteja combinada marca grande e extensa de cara (por exemplo, frente aberta e "malacara").

NARINAS

Grandes.

BOCA

Pouco profunda, permitindo grande sensibilidade às embocaduras.

FOCINHO

Pequeno.

GARGANTA

Estreita, permitindo grande obediência às rédeas.

PESCOÇO

Comprimento médio e de forma piramidal, sem desvios de bordos, seja inferiores ou superiores. Deve-se inserir-se no tronco em ângulo de 45°, porém, bem destacado do mesmo. Somente a junção entre o pescoço e a cernelha deve ser gradual.
A musculatura é bem pronunciada, tanto visto de lado, como de cima. As fêmeas têm pescoço proporcionalmente mais longo, garganta mais estreita e desenvolvimento muscular menor. O Cavalo Appaloosa, quando em trabalho, mantém a cabeça baixa, podendo assim usá-la melhor, e permitindo ao cavaleiro uma perfeita visão sobre ela.

TRONCO

Da cernelha ao lombo, deve ser curto e bem musculado, não "selado" especialmente nos animais de lida. Isto permite mudanças rápidas de direção e grande resistência ao peso do cavaleiro e arreamentos. De perfil, é aceitável o declive gradual de 50 a 80° da garupa a base da cernelha. O vértice da cernelha e a junção do lombo com a garupa devem estar aproximadamente no mesmo nível.

CERNELHA

Bem definida, de altura e espessura média.

DORSO

Bem musculado, ao lado das vértebras e, visto de perfil, com discreta inclinação de traz para frente. Tendo aparência semi-chata, o arreamento comum deve cobrir toda essa área.

LOMBO

Curto, com musculatura acentuadamente forte.

GARUPA

Longa, discretamente inclinada, para permitir ao animal manter os posteriores normalmente embaixo da massa corpórea (engajamento natural).

PEITO

Profundo e amplo. O peito visto de perfil, deve ultrapassar nitidamente a linha dos antebraços, estreitando-se porém no ponto superior da curvatura, de forma a diferenciar-se nitidamente do pescoço. Vista de frente, a interaxila tem forma de "V" invertido, devido a desenvolvida musculatura dos braços e antebraços.

TÓRAX

Amplo, com costelas largas, próximas, inclinada e elásticas. O cilhadouro deve ser bem mais baixo que o codilho.

MEMBROS ANTERIORES

ESPÁDUA

Deve ter ângulo de aproximadamente 45° , denotando equilíbrio e permitindo a absorção dos choques transmitidos pelos membros.

BRAÇOS

Musculosos, interna e externamente.

ANTEBRAÇOS

O prolongamento da musculatura interna dos braços proporciona ao bordo inferior do peito, quando visto de frente, a forma de "V" invertido, dando ao cavalo aparência atlética e saudável. Externamente a musculatura do antebraço também é pronunciada, o comprimento do antebraço é um terço a um quarto maior que a canela.

JOELHOS

Vistos de frente são cheios, grandes e redondos; vistos de perfil, retos e sem desvios.

CANELAS

Não muito curtas. Vistas de lado, são chatas, seguindo o prumo do joelho ao boleto; vista de frente igualmente sem desvios.

QUARTELAS

De comprimento médio, formato aproximadamente semi circular com talões bem afastados, sem desvios.

CASCOS

De tamanho médio, formato aproximadamente semi circular, com talões bem afastados, sem desvios. Somente o animal Cavalo Appaloosa terá cascos com listras verticais claras e escuras bem pronunciadas e nitidamente definidas em membros sem calçamentos. Em outras raças, as listras verticais, em geral, são resultado de um ferimento na coroa acima do casco do animal ou estão presentes em membros com calçamento.

MEMBROS POSTERIORES

COXAS

Longas, largas, planas, poderosas, bem conformadas, fortemente musculadas, mais largas que a garupa.

SOLDRA

Recoberta por musculatura bem destacada, poderosa.

PERNAS

Muito musculosas. Essencialmente importante é o desenvolvimento muscular homogêneo, tanto interna quanto externamente.

JARRETES

Baixos. Por traz, são largos, limpos aprumados; de perfil, largos, poderosos estendendo-se em reta até os boletos.

CANELAS

Mais largas, discretamente mais longas e mais grossas que as anteriores. De lado, são chatas, são convenientes canelas mais curtas, tornando o jarrete mais próximo ao solo, permitindo voltas rápidas e paradas curtas.

QUARTELAS

Discretamente mais fortes que as anteriores, porém com a mesma inclinação.

CASCOS

Menores que os anteriores, oblongos. Somente o animal Cavalo Appaloosa terá cascos com listras verticais claras e escuras bem pronunciadas e nitidamente definidas em membros sem calçamentos. Em outras raças, as listras verticais, em geral, são resultado de um ferimento na coroa acima do casco do animal ou estão presentes em membros com calçamento.

CAUDA

Medianamente inserida, elegante com pêlos grossos. Podem, por ventura, apresentar-se mais ralas que as outras Raças.
Obviamente, toda a estrutura, o arranjo, bem como o desenvolvimento ósseo e muscular do animal devem ser levados em consideração. Ainda assim, atenção especial deve ser dada ao trem posterior, uma vez que dele dependem basicamente os atributos peculiares do Cavalo Appaloosa:- partida rápida, velocidade, paradas curtas e voltas rápidas.

RECOMENDAÇÕES

1. Os animais que apresentarem problemas hereditários como monorquidismo, criptorquidismo, hérnia inguinal, hérnia umbilical, portadores de HYPP (Paralisia Hipercalemica Periódica), assim como qualquer outra anomalia genética, não são aconselhados a serem utilizados na reprodução, conforme determina as normas do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
2. Que os acasalamentos objetivando a Criação do Cavalo Cavalo Appaloosa, tenha um dos genitores cumprindo o dispositivo no art. 17, Cap. IV, em seu § 3º. Item 3.

Características do Cavalo Appaloosa

DESPIGMENTAÇÃO DA PELE

A pele despigmentada é uma característica importante para o Cavalo Appaloosa, sendo um indicativo básico e decisivo na Raça. Tem a aparência "mesclada", de área pigmentada e área não pigmentada, diferente da pele cor-de-rosa. Esta pele mesclada pode ser encontrada em várias partes do corpo. Além da área ocular, focinho, pode ser encontrada na região retal, no períneo, nos genitais e úbere das fêmeas.

ESCLERÓTICA BRANCA EVIDENTE

A área ocular que rodeia a córnea, esclerótica branca, é mais evidente que em outras Raças. Nos outros animais, a esclerótica branca é visível se ocorrer movimento do globo ocular para os lados, para cima, para baixo e se a pálpebra for levantada. Essa característica é muito peculiar no Cavalo Appaloosa, desde que não esteja combinada marca grande e extensa de cara (por exemplo, frente aberta e "malacara")

CASCOS RAJADOS

Somente o animal Cavalo Appaloosa terá cascos com listras verticais claras e escuras bem pronunciadas e nitidamente definidas em membros sem calçamentos. Em outras raças, as listras verticais, em geral, são resultado de um ferimento na coroa acima do casco do animal ou estão presentes em membros com calçamento.

Pelagem da Raça Cavalo Appaloosa

Appaloosa
Conheça as exóticas pelagens do Cavalo Appaloosa
Manta- área branca sólida, geralmente sobre a região dos quartos, mas sem se limitar sobre a mesma. Na manta normalmente encontram-se pintas ou manchas de pelagem básica.

Leoparda

Refere-se ao animal branco com manchas ou pintas escuras em todo o corpo, inclusive nos membros, pescoço e cabeça.

Nevada

Refere-se ao animal que apresenta uma mistura de pêlos brancos e pêlos da cor básica, geralmente sobre a área dos quartos. Assemelha-se a flocos de neve caídos sobre a pelagem básica.

Pintas ou Manchas

Pontos claros ou escuros sobre uma parte do corpo, geralmente sobre a garupa.
Importante
Animais que apresentarem manchas brancas maiores que 14 (quatorze) cm em regiões isoladas do corpo e pelagem pampa, serão registrados, porém ficarão vetados à reprodução.

A Raça Appaloosa no Brasil

Comanche´s Double foi o primeiro animal registrado no Brasil. Passados mais de 25 anos, a Raça já tem no País o segundo maior plantel do mundo, com mais de 25 mil animais registrados e espalhados por várias regiões.
No início da década de 70 chegou ao Brasil o primeiro exemplar de Appaloosa. Foi trazido ao pé de uma égua Quarto de Milha numa importação feita pelo criador paulista Carlos Raul Consonni. Mas coube a outro criador, Jorge Rudney Atalla, de Jaú/SP, o mérito de ter o registro nº 1 da Raça no País: Comanche’s Double, importado em 1975.
Appaloosa
O animal era exposto nas mostras do Quarto de Milha e impressionava. Atalla acabou sendo o cicerone de vários criadores em viagens para os Estados Unidos, em visitas a diversos Haras selecionadores de Appaloosa. As viagens renderam as primeiras importações e o desejo de se fundar uma entidade própria para a Raça.
O intento virou realidade em 27 de Novembro de 1977 quando nasceu a ABCCAppaloosa - Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Appaloosa, reconhecida pelo Ministério da Agricultura. Entre os fundadores estavam Jorge Rudney Atalla, Carlos Raul Consonni, Toni Persone, Antonio Luiz Teixeira de Barros Jr., Sérgio Augusto Zonno, Mário Sérgio Vasques e as empresas Comercial e Agropecuária Borborema Ltda. e Paisa Pinfildi Agropecuária. O Stud Book contava, inicialmente, com 45 animais, principalmente de origem importada. Dois anos depois o número de produtos já havia sido triplicado, e na década seguinte - marcada pelo apogeu da eqüinocultura brasileira - o Appaloosa já tinha conquistado várias regiões do País.
Appaloosa
Os anos 90 reforçaram a seleção e evolução da Raça, notadamente com o aumento das importações, possibilitando programas criteriosos de cruzamentos, restringindo-se os acasalamentos com alguns agrupamentos de indivíduos e priorizando-se os de Appaloosa entre si. Pureza racial passou a ser palavra de ordem.
Já neste novo século, a prioridade está em promover cruzamentos direcionados com os animais da Raça Quarto de Milha e Puro-Sangue-Inglês, bem como possibilitar o incremento da Raça com a viabilidade de uso de sêmem nacional e importado, bem como, de embriões, nacional e importado, em quantidade a critério do criador.

Atualmente, o Appaloosa já conta no Brasil com mais de dois mil criadores e proprietários espalhados por todas as regiões do País.
Eles são detentores de um plantel estimado em mais de 25 mil animais que se distribuem em maior número pelo Estado de São Paulo, seguido pelo Paraná, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Goiás, Bahia e Distrito Federal. Objetivando a formação do plantel a partir das características morfológicas da Raça, a seleção inicial da tropa brasileira se baseou em linhagens de Conformação.
A partir do final dos anos 80, com o crescente interesse pelas provas funcionais, intensificou-se a seleção de animais de competição. A primeira prova exclusiva do Appaloosa no Brasil aconteceu em 1987. Começavam a ser instituídos os eventos oficiais como o Campeonato Nacional, o Congresso Pan-Americano, o Potro do Futuro, o Futurity Appaloosa, o Potro de Ouro e os Campeonatos Regionais criados em diferentes Estados do País com a proposta de fomentar e promover a Raça, símbolo de um povo nativo que ajudou a escrever a história do continente norte-americano.
Fonte: www.appaloosa.com.br
Appaloosa




A raça Appaloosa

Appaloosa
Domados ou selvagens, os cavalos palouses coloriam as pradarias em galopes de liberdade ou montados pelos guerreiros indígenas que orquestravam o tropel com repetidos brados. Não por acaso que a imagem mundialmente se perpetuou da raça Appaloosa é a do cavalo de índios.
Nas ancas, dorso e cernelha o pincel da criação salpicou cores diferentes, distribuiu pintas escuras sobre a pelagem básica, algumas vezes carregou mais o pincel nas ancas em formato de mantas... As pelagens negra, alazã, castanha, zaina, baia, palomina, tordilha, e rosilha ganharam composições como em nenhuma outra raça da espécie eqüina. Formada a partir dos cavalos introduzidos pelos colonizadores europeus na América, estes animais de plástica inigualável corriam soltos pela bacia do rio Colúmbia e seus afluentes onde foram capturados e domesticados pelos Nez Perce, índios guerreiros que habitavam o vale do rio Palouse, uma região dominada pelos colonizadores franceses. Os Nez Perce domavam os cavalos pintados, usando-os como meio de transporte, montaria de caça e como instrumento de guerra nas constantes batalhas com os brancos.
Ágeis, rústicos, velozes e resistentes, os cavalos pintados dos Nez Perce atraíam a atenção dos colonizadores, atribuindo-se aos franceses o nome que estes animais receberam, La Palouse, numa referência ao rio de mesmo nome, situado, hoje, no estado do Oregon. Excepcionais para cavalgadas de longas distâncias e na travessia de regiões íngremes e áridas, os cavalos dos Nez Perce foram submetidos a uma rigorosa seleção baseada na resistência, coragem e pelagem pintada. Os indivíduos que não acentuavam estas características eram castrados - para não serem utilizados na reprodução - e utilizados apenas como animal de montaria.
A técnica de seleção, adotada há mais de 100 anos, acabou garantindo a preservação das principais características destes animais, em especial sua variada exótica pelagem. Apesar de a autoria da primeira seleção da raça na América ser atribuída aos Nez Perce, historiadores acreditam que a origem de cavalos com a pelagem típica do moderno Appaloosa é ainda mais antiga. Pinturas rupestres encontradas na Espanha e nas famosas cavernas de Lascaux, na França, desenhadas 18 mil anos antes de Cristo, revelam figuras de cavalos com características semelhantes as do Appaloosa. Outros registros de cavalos pintados foram encontrados em pinturas datadas de 5.000 anos a.C. e em cavalos selecionados na antiga Pérsia há 1.600 anos.
As exóticas pelagens do Appaloosa:

Manta

A branca sólida, geralmente sobre a região dos quartos, mas sem se limitar sobre a mesma. Na manta normalmente encontram-se pintas ou manchas de pelagem básica.

Leoparda

Refere-se ao animal branco com manchas ou pintas escuras em todo o corpo, inclusive nos membros, pescoço e cabeça.

Nevada

Refere-se ao animal que apresenta uma mistura de pêlos brancos e pêlos da cor básica, geralmente sobre a área dos quartos. Assemelha-se a flocos de neve caídos sobre a pelagem básica.

Pintas ou Manchas

pontos claros ou escuros sobre uma parte do corpo, geralmente sobre a garupa.

Rosilha ou Tordilha

são aceitas restrições somente aos produtos nascidos de pais registrados que apresentem cascos rajados, esclerótica branca e pele pigmentada ou despigmentada.

Importante

Não são registrados animais que apresentam manchas brancas maiores que 14cm em regiões isoladas do corpo e a pelagem pampa.

Como identificar um Appaloosa

- Despigmentação da pele
- Despigmentação da esclerótica
- Despigmentação da genitalha
- Cascos rajados
O gene que faz o cavalo malhado é tão antigo quanto o próprio eqüídeo mas, o crédito pela criação de uma raça distintiva de pelagem mosqueada cabe modernamente aos índios Nez Percé da América do Norte, que vivem no noroeste Nez Percé da AMérica do Norte, que viviam no noroeste do atual estado do Oregon. Suas terras incluíam o vale do rio Palouse (ou Palousy), e foi o rio que deu nome aos cavalos.
Geneticamente, os animais tinham sangue Árabe, Berbere e a fusão destes com os autóctones, ibéricos, o Andaluz. Os animais que traziam na sua carga genética esta peculiaridade de pelagem, provavelmente eram descendentes de Árabes de origem persa.
Todos os eqüinos das Américas descendem dos cavalos reintroduzidos pelos conquistadores ibéricos. Os indígenas norte- americanos capturaram eqüinos trazidos pelos exércitos espanhóis que invadiram o México.
A raça desenvolveu-se no século XVIII, com base nos cavalos trazidos pelos espanhõis. Nesse lote havia exemplares de pelagem salpicada descendentes remotos de cavalos da África Central. Os Nez Percé, que eram grandes criadores de cavalos, praticavam rigorosas políticas seletivas. Finalmente obtiveram um cavalo capacitado para qualquer trabalho, de aspecto inconfundível, além de essencialmente prático.
Em 1877, a tribo e a manada quase foram exterminadas quando o governo da União ocupou as reservas. Todavia, em 1938, com a fundação do Appaloosa Horse Club, em Moscow, Idaho, a raça começou a renascer das cinzas. Seu registro é hoje o terceiro mais numeroso do mundo.
Appaloosa
No Brasil, a raça foi introduzida pelo criador Carlos Raul Consoni, na década de 70, em São Paulo.
Um Appaloosa é identificado, de imediato, pelas pintas que apresenta na sua pelagem, usualmente concentradas numa região do corpo, como a garupa, mas pode apresentar-se com pintas em todo o corpo.
Em termos de estrutura, é semelhante ao Quarto de Milha de lida, ou seja, um animal mais troncudo do que longilíneo, apresentando sólida ossatura. Os olhos possuem esclerótica branca em torno da íris; a cabeça de desenho refinado, com caráter distintivo; a pele do nariz conspicuamente mosqueada; possue lineamente compacto, com quarto robusto, resultado da introdução de sangue quarto de milha; os membros são adequados, um pré-requisito de qualidade e os cascos são duros, em geral com listras verticais. Altura: de 1,42 a 1,52m.
O Appaloosa moderno é reprodutor, mas também animal de competição (corrida e salto), notável pela resistência, vigor e boa índole.
Praticamente qualquer fundo básico sobre o qual se apresentem as pintas, que podem ser claras ou escuras, para contrastar. Há cinco pelagens oficiais de Apaloosa: blanket (cobertor), marble (mármore), leopard (leopardo), snowflake (floco de neve) e frost (geada). O Appaloosa é dócil, ágil e vigoroso, um excelente animal de lida, além de ser cultivado por simples motivos estéticos.
Fonte: www.saudeanimal.com.br
Appaloosa
Apesar dos Espanhóis terem trazido o Appaloosa para a América, foi uma tribo de índios a responsável pelo desenvolvimento da nova raça no continente americano. Essa tribo habitava a região conhecida como "Palouse", por onde passa o rio de mesmo nome e ocupa o estado de Washington. Daí o nome da raça.Em 1974 foi registrado o nascimento do primeiro animal no Brasil.
Appaloosa
Altura Média de 1,42m à 1,62m
Pelagem A principal característica da raça é de ter a pelagem nevada ou salpicada do escuro, com manta branca sobre o lombo, garupa e posteriores
Porte Médio
Cabeça Perfil subcôncavo; olhos grandes e ambiciosos, mostram muito mais branco que nas outras raças. Orelhas pequenas, bem distanciadas e implantadas e com uma boa movimentação. Narinas grandes.
Andadura Trote
Temperamento Dócil, veloz, vigoroso, robusto, resistente
Aptidões Considerado um dos cavalos mais versáteis, é utilizado nas corridas planas, salto, prova de rédeas, Tambores e Balizas, Hipismo Rural e lida com gado
Como comprovam pinturas ou desenhos de cavalos com pintas ou manchas, feitos há l8 mil anos a.Cristo, em cavernas da Espanha e na França, em Lascaux e Peche-Merle, esse cavalo já existia no período pré-histórico. Ele chegou à América, vindo da Europa, trazido para a costa americana (USA), pelos espanhóis, que aqui chegaram para colonizar o novo continente.
Appaloosa Appaloosa
Como essa raça de cavalos se encontrava, principalmente, na região do rio Pallose, na França, os franceses a ele se referiam como "La Palloose" e sua denominação passou a ser Appaloosa. Para os peles-vermelhas americanos, a chegada do cavalo à América foi um acontecimento que, podemos afirmar, revolucionou os seus costumes.
Appaloosa  Appaloosa
Os indígenas da tribo Nez Perce, porém, foram os que mais aproveitaram esses eqüinos, pois eles preenchiam todos os requisitos por eles desejados: eram inteligentes, ágeis, velozes e, principalmente, muito resistentes, o que tornava esses animais indispensáveis nos serviços gerais, nas caçadas e nas lutas contra outras tribos e contra os colonizadores brancos, na época, europeus. Foram eles, no entanto, que mais concorreram para a seleção e melhoria da raça, pois só deixavam entrar, na reprodução, os melhores animais e até castravam os machos que não apresentassem as melhores características funcionais e raciais, ou seja, o seu exterior e a sua capacidade física, bem acima da média.
Appaloosa Appaloosa
A seleção pela sua pelagem era, também, de grande importância, não só pela sua beleza e originalidade, mas também, porque ela se constituía em uma verdadeira camuflagem, um mimetismo com o ambiente em que se encontrava, na natureza, o que facilitava a atuação nas caçadas e também nas guerras, quando entravam nas batalhas.
Foram esses fatores, entre outros, que muito concorreram para que o Appaloosa se tornasse esse excelente eqüino que temos hoje em dia: bonito, inteligente, versátil, veloz e muito rústico e resistente. O cavalo Appaloosa é, realmente, um belo animal.
Ele pode apresentar uma pelagem leopardo, com pintas escuras por todo o corpo e que variam de tamanho. Elas ficam localizadas sobre um fundo branco. Ele pode ser, também, ruão, com uma cor resultante da mistura de pêlos claros e escuros, espalhados por todo o corpo. Além dessas cores, ele pode ser, também , nevado ou salpicado de escuro e apresentar uma bonita manta branca no lombo, garupa e membros posteriores, apresentando uma enorme variedade em suas tonalidades, cores e tamanhos, variando estes, de pequenos pontos pretos a pintas brancas que podem atingir a doze centímetros de diâmetro.
Ao contrário dos cavalos da maioria de outras raças, que possuem a esclerótica escura circundando os seus olhos, o Appaloosa a tem na cor branca.. Ele apresenta, ainda: pele despigmentada em algumas regiões do corpo , como focinho e genitais e os cascos rajados.
Com a derrota e a dispersão dos índios americanos da tribo Nez Perche, a partir de l877, também os seus cavalos, os belos Appaloosas se espalharam pelo país e teriam provavelmente desaparecido, se não fosse o grande interesse que, nas décadas de 20 e de 30, ressurgiu pelos cavalos de esporte. Por esse motivo e nessa época, os criadores americanos voltaram a criar o Appaloosa, entusiasmados pela beleza, pela rapidez e pela força desses cavalos, o que os tornava excelentes animais para corridas, rodeios, saltos, adestramento e, também, nas lides nas fazendas e na apartação do gado.
Devido a esse novo entusiasmo por essa raça, a maior preocupação dos criadores era a sua melhoria. Para isso, foram nela introduzidos os sangues das raças árabe, puro sangue inglês e de quarto-de-milha. O resultado desses cruzamentos , o Appaloosa, é um excelente cavalo, de porte médio, ótimo exterior, harmonioso e muito ágil e que já pode ser encontrado em todo o mundo, inclusive no Brasil, onde é muito apreciado.
Fonte: www.cowboysappaloosa.com.br
Appaloosa
A raça Appaloosa constitui um tipo muito característico, identificado pela sua pelagem e outros detalhes que distingue da maioria das variedades da espécie eqüina.
Teve sua origem numa região que compreende os estados do noroeste dos Estados Unidos e sudoeste do Canadá, onde era criada e selecionada pelos índios. A maior concentração desses cavalos encontra-se na área do Rio Paloose, no Estado de Oregon. A expressão La Paloose converteu-se em Appaloosa oficialmente adotada pela Associação Americana, sediada em Mocow, no Estado de Idaho.
O cavalo Appaloosa é extremamente versátil, com possibilidades de utilização em quaisquer condições de clima e topografia. Prospera tanto nas regiões montanhosas como nas áreas planas e estéreis.
Muito rústico adapta-se bem em qualquer região de nosso País . Por sua pelagem, destacam-se em desfiles, exibições e passeios. Também é muito usado como cavalo de serviço.
A pelagem provém do antigo cavalo indígena, mas consideráveis infusões de Sangue Árabe, Puro Sangue Inglês e Quarter refletiram-se na boa conformação da presente raça Appaloosa.
Animal de porte médio, ágil e harmonioso, prestando-se para sela, saltos, corridas esportivas e lida com o gado. Originariamente utilizado como cavalo de guerra pelos índios americanos, distingui-se pela sua agilidade e resistência, qualidade que vem sendo mantida pelos seus selecionadores.
A raça appaloosa foi introduzida no Brasil no último decênio através de animais importados da América do Norte.

Observação

Manchas com mais de 14 cm desclassificam o animal para a composição da raça.
O gene que faz o cavalo sarapintado é tão antigo quanto o próprio eqüídeo (havia cavalos malhados na China e na Pérsia), mas o crédito pela criação de uma raça distintiva por sua pelagem cabe modernamente aos índios Nez Persé da América do Norte, que vivem no noroeste do atual estado do Oregon. Suas terras incluíam o vale do rio Palouse, que foi o rio que de nome aos cavalos.

Criação

A raça desenvolveu-se no século XVIII, com base nos cavalos trazidos pelos espanhóis. Nesse lote havia exemplares de pelagens sarapintadas descendentes remotos de cavalos da África Central. Os Nez Persé, que eram grandes criadores de cavalos, praticavam rigorosas políticas selectivas.
Finalmente obtiveram um cavalo capacitado para qualquer trabalho, de aspecto inconfundível, além de essencialmente pratico. Em 1877, a tribo e a sua bela manada quase foram exterminados quando o governo da união ocupou as reservas. Todavia em 1938, com a formação do Appaloosa Horse Club, em Moscow, Idaho, a raça começou a renascer das cinzas. Seu registro é hoje o terceiro mais numeroso do mundo.

Características

Appaloosa moderna é reprodutor, mas também animal de competição (corridas e saltos) pela consistência, vigor e boa índole. A cinco pelagens oficiais da Appaloosa: Blanket (cobertor), marble (mármore), leopard (leopardo), snowflake (floco de neve) e frost (geada).

Influências

Espanhol: Acrescentou força, resiliência, adaptabilidade - e a pelagem mosqueada.

Altura

Entre 1,47 e 1,57m.

Cores

Sarapintado

Usos

Sela
Fonte: www.felipex.com.br
Appaloosa

INCONFUNDÍVEL BELEZA

Appaloosa

História

Surgiu na Europa há pelo menos 18 mil anos e veio para a América com os colonizadores espanhóis. A raça foi aprimorada pela tribo de índios Nez Perce, que habitava a região do rio Palouse, no Oregon (EUA).

Características

Ágeis, rústicos, velozes e resistentes, usados em longas distâncias e travessia de regiões íngremes e áridas. Têm pelagem exótica, sendo que sob sua cor básica aparecem pintas salpicadas, mais intensas na anca.

Aptidão

Utilizado em atividades de trabalho no campo e é destaque em provas de trabalho como: laço, rédeas, tambor e baliza, apartação, working cow horse e muitas outras.

No Brasil

O registro n° 1 da raça é de Comanche´s Double, importado em 1975. Hoje, o país tem o segundo maior plantel do mundo: são 25 mil cavalos registrados, distribuídos em mais de 3 mil criadores.
A raça "Appaloosa", que aportuguesamos para Apalusa, desenvolveu-se na época da colonização do Nordeste dos Estados Unidos, tendo desempenhado um papel importante na luta contra os índios e no desenvolvimento da criação de gado.
Além de sua conformação e aptidão próprias para a montaria (rodeio, equitação, desfile e carreiras), a característica principal desta raça é sua pelagem típica, hereditária. Sobre uma pelagem fundamental variável, mais freqüentemente escura, possui uma malha branca grande que se estende do dorso, para a garupa, sobre a qual aparecem dispersas malhas de cor fundamental, arredondadas ou ovais, de até 10 cm de diâmetro.
A pele também apresenta pequena mancha escuras e os cascos são raiados de cima para baixo de negro e branco.
Em torno da íris vê-se o branco da esclerótica, como no olho humano. A denominação da raça parece ter sido dada pelos índios "Nez percé", nos estados americanos de Oregon e Washington, onde a raça se originou.
A denominação "Appaloosa" é tida como corruptela do "palus" (francês), porque acharam a malha parecida com um terreno palustre coberto de neve, com umas moitas aparecendo esparramadas.
A expressão "Appaloosa" foi empregada para denominar esta particularidade hereditária, ocasionalmente presente em outras raças e comumente designada por "nevado".
A sociedade preservadora da raça só foi fundada em 1938, havendo ainda muita liberalidade no registro de animais, porém, para desfile, exposições, carreira, os animais devem possuir a pelagem típica e todas as qualidades de um bom cavalo de sela, principalmente para vaqueiro. Só em 1968 foram registrados mais de 10.000 animais ocupando o 3º lugar em expansão, logo depois do PSC.
Sua pelagem esquisita de cavalo "de índio" chama realmente a atenção.
Fonte: www.revistadaterra.com.br
Appaloosa

Origem

Introduzidos no Continente Americano pelos conquistadores espanhóis os Mustangs manchados de branco-salpicado nas regiões do dorso, lombo e garupa foram utilizados pelas tribos dos indígenas Nex Perce, às margens do rio Pelouse no noroeste dos E.U.A.. após a derrota dos indígenas em 1877, os cavalos foram leiloados e somente a partir de 1938 passaram a ser selecionados no Oeste dos Estados Unidos, cruzando-os com o Quarter-Horse e Puro Sangue Inglês.
Appaloosa

Características

Altura média de 1.50m, temperamento vivo, bom caráter, cabeça com fronte ampla, perfil reto, orelhas pequenas, olhos grandes, boca pouco profunda, pescoço médio em linha superior e inferior retas. Dorso e lombo curtos e garupa levemente inclinada, espádua bem inclinada, membros fortes bem musculados, e cascos médios.
Pelagem básica é o ruão, admitindo-se todas as outras, desde que as menchas preencham o padrão que envolve seis pelagens básicas: a glacial, leopardo, floco de neve, mármore, manta manchada e manta branca.

Aptidões

Corridas curtas, esportes hípicos diversos e lida com o gado.
O APPALOOSA é o cavalo que, montado pelos pele-vermelhas, sempre chamou atenção pela força, agilidade, coragem e pelagem de rara beleza.
Trata-se de uma raça que remonta à antigüidade, conforme inscrições em cavernas européias da ordem de 18 mil anos antes de Cristo.
Os espanhóis levaram os primeiros exemplares para os Estados Unidos e a raça foi selecionada pela tribo indígena Nez Perce, da região do Rio Palouse, no Estado do Oregon, de onde veio o nome "Appaloosa".
A partir dos anos 20, a raça experimentou uma enorme expansão graças ao interesse dos americanos por animais ligeiros e fortes, fosse para o trabalho ou o esporte, com a vantagem de possuir inconfundível beleza de sua pelagem.
Com isso, surgiu o Club do Cavalo Appaloosa, fundado em 1938, que passou a utilizar-se de infusões de sangue das raças Puro Sangue Inglês e Quarto de Milha que, comprovadamente, foram melhorantes para se alcançar o seu moderno Tipo atual.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

O que é rédeas? A BASE DE TUDOO

O que é rédeas?
 
     Hoje existem várias modalidades eqüestres, mas nenhuma 
é tão importante ou significativa quanto um bom 
desempenho em rédeas. Em todas, uma boa noção 
de rédeas não só é bem-vinda, mas realmente necessária.
     Rédeas é uma modalidade de Hipismo 
Western onde o cavalo recebe um adestramento
básico, onde ele deverá ser guiado sem demonstrar 
resistência significativa. Um movimento do animal que 
demonstre algum tipo de rebeldia pode ser considerado falta de controle.
     Controlar um cavalo, além de dominá-lo completamente, 
não é só guiá-lo, mas interagir perfeitamente com ele, 
harmoniosamente. Uma verdadeira união entre 
homem-cavalo. O exemplo perfeito do Centauro.
     Entre todas as modalidades, esta é a mais técnica.
     A maioria das modalidades de 
Hipismo Western (como o próprio nome nos indica),
surgiu nos Estados Unidos, sendo o cavalo a via de ligação
do colono americano com o resto do país em crescimento 
e peça fundamental para este. Além da necessidade de lidar
com o campo e com o gado, o cavalo surgiu como
o único meio de transporte seguro e rápido, um 
cavalo bem adestrado deveria, portanto 
saber executar diversas tarefas com o homem 
(laçar, apartar, parar bruscamente – esbarrar, girar).
Com o início da mecanização e o surgimento das grandes vias 
férreas nos EUA o cavalo passou a ser menos solicitado como 
transporte, mas não perdeu sua função no campo, que veio sendo 
aperfeiçoada dando origem às modalidades Western, entre elas Rédeas.
     Com os anos associações de criadores e grupos praticantes de diversas 
modalidades foram surgindo e sendo regulamentadas. Em 1966 foi fundada
a National Reining Horse Association – NRHA, crescendo o destaque sobre
a indústria da Rédeas que atrai público bastante extenso. Existem provas 
onde milhares de dólares são distribuídos em prêmios para mais de 
500 participantes, como na Futurity, concurso realizado anualmente em Oklahoma.
     Em 1996 a modalidade Rédeas foi apresentada nas Olimpíadas de 
Atlanta, tendo sido aplaudida por 30000 pessoas.
     Atualmente a Rédeas é praticada em cerca de 11 países, onde no
último mundial, realizado na Itália o Brasil recebeu o 5º. Lugar.
     No Brasil as primeiras provas de Rédeas foram realizadas pela
ABQM. A modalidade despertou a atenção de criadores, proprietários
e treinadores e no dia 15 de abril de 1989 foi fundada a 
ANCR – Associação Nacional do Cavalo de Rédeas, com o
objetivo de promover o cavalo de Rédeas e regulamentar
a modalidade no Brasil.
     Com o crescimento houve também a expansão 
da modalidade para outras raças
. Além do Quarto de Milha, participam atualmente das provas de 
Rédeas animais das raças Crioulo, Appalloosa, Paint Horse e Árabe. 
Onde o Cavalo Crioulo tem se destacado cada vez mais.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

CAVALO CRIOULO


Origens
Em 1493, os cavalos espanhóis pisam pela primeira vez em terra americana, na ilha Hispaniola, e são os antepassados diretos, de todos os cavalos "crioulos" americanos. Uma vez aclimatados ao novo ambiente e incrementada sua criação com as importações realizadas posteriormente, reproduziu-se com rapidez, em poucos anos, estendeu-se para as outras Antilhas e passou ao Continente. Ao que tudo indica, Panamá e Colômbia foram as primeiras regiões em importância na produção de rebanhos. Do Panamá passaram ao Peru, levados por Pizarro, onde começaram a multiplicar-se a partir de 1532. É também ali que chegam, em 1538, cavalos provenientes da criação de Santiago de Uruba (Colômbia). Charcas transforma-se, assim, em um importante centro produtor de eqüinos.
Contemporaneamente, Pedro de Mendoza (1535) e Alvar Núñez Cabeza de Vaca (1541) introduzem cavalos, diretamente da Espanha, no Rio da Prata e no Paraguai. Alonso Luis de Lugo se compromete a levar duzentos cavalos da Espanha para a conquista de Nova Granada e Hernando de Soto sai de San Lúcar de Barrameda (1538) com cem cavalos para sua expedição na Flórida. A partir deste momento, começa um verdadeiro intercâmbio de rebanhos eqüinos entre distintas regiões. Procedem de Charcas as manadas que Valdivia levou ao Chile, em 1541, as que Diego de Rojas levou para Tucumam, em 1548, e as que Luis de Cabrera levou para Córdoba, em 1573, e logo a seguir para Santa Fé. Nesta zona, mais ou menos na mesma época, chegam cavalos paraguaios, trazidos por Garay, descendentes daqueles que, 30 anos antes, Cabeza de Vaca introduziu diretamente da Espanha e dos que, em 1569, Felipe de Cáceres levou do Peru. Do Paraguai, procederam também os rebanhos eqüinos que chegaram à Buenos Aires, em 1580, levados por Juan de Garay e Adelantado Juan Torres de Vera e Aragón para Corrientes, em 1588. Do Chile, chegam à Argentina em 1561, através de Cuyo, rebanhos trazidos por Francisco de Aguirre, Castillo e outros.
Em 1605, entram no Chile os animais que o governador chileno Garcia Ramos levou do Rio da Prata e, em 1601, os que o Capitão López Vasques Pestaña levou de Tucumam. Verifica-se (Goulart, 1964) que a criação de cavalos se inicia nas reduções do Rio Grande do Sul em 1634, com os animais trazidos pelos padres jesuítas Cristóbal de Mendonza e Pedro Romero, de Corrientes, para onde os cavalos haviam sido levados, a partir de Assunção, por Alonso de Vera e Aragón, em 1588.
Paralelo a este movimento de rebanhos mansos, seja por abandono ou fuga dos domesticados, ou porque, com o correr dos anos, o número destes foi aumentando de tal forma que superou as possibilidades ou as necessidades dos primeiros habitantes de mantê- los sob controle no Norte e no Sul do continente americano, este primitivo rebanho crioulo se dispersou, formando enormes rebanhos selvagens que, no México e Estados Unidos, foram chamados de "mesteños" e "mustangs" e de "cimarrones", nas ilhas e América Central. No Rio da Prata os designaram como "baguales", o "kaitá" dos índios pampas que acompanharam o Dr. Zeballos (1834) em sua viagem ao Chile, ou "saguá", dos índios do Noroeste argentino. Dos dispersados, os "cimarrones", que habitaram os "lençóis dominicanos" ou "planos da Venezuela", diz-se que eram caçados no primeiro quarto do século XVIII. Roberto Cunninghame Graham (1946) diz em seu livro que, por esses anos, nos planos da Venezuela, era o único lugar da América onde podiam encontrar-se cavalos "cimarrones".
O "mustang" americano ou o "mesteño" mexicano tem origem parecida. Cabrera (1937 e 1945) e Denhardt (1947) explicam que não podiam ser cavalos abandonados ou perdidos pelas expedições de Cabeza de Vaca (1528, 1537), de Soto (1539, 1543) ou pela de Coronado (1540, 1542), porque a primeira não levava cavalos e as duas últimas praticamente perderam todas suas montarias, mortas por fadiga da viagem ou pelos índios. Acredita-se que foi Juan de Oñate, por volta de 1595, quem levou ao Sudoeste dos Estados Unidos os antepassados do "mustang".
Parte daqueles cavalos domesticados se dispersaram posteriormente das missões, fazendas ou "ranchos" atacados pelos índios e constituíram o que a literatura americana chamou de "cavalos selvagens", que eram cavalos mansos que viraram selvagens, "cimarrones" ou "baguales", segundo as denominações que lhes deram nos "lençóis dominicanos" ou na "pampa sul-americana". Dos originais "ginetes" andaluzes, possivelmente muitos morreram durante as conquistas, mas outros, sem dúvida, se reproduziram e seus descendentes, aclimatados pelo meio americano durante muitas gerações, forjaram essas populações crioulas, constituídas pelo "pequeno grande cavalo da América", como acertadamente batizou Guilherme Echenique.
Cavalo Crioulo
Antecedentes etinográficos da raça de cavalos crioulo
Sem dúvida, o Crioulo é descendente direto do cavalo trazido para a América pelos conquistadores. O mais difícil de demonstrar é a composição étnica da população eqüina da Espanha nessa época, quais eram os tipos de cavalos que predominavam e quais, por razões de distribuição geográfi ca, poderiam ser os que vieram à América e deram origem à nossa raça Crioula. Prado (1941), fez um estudo das "ascendências" etnográficas do cavalo chileno de 1541. Segundo o autor, os tipos primitivos de cavalos que tiveram marcada infl uência na conformação do Crioulo são os cavalos celta e saloutre, cuja combinação originou a antiga "Jaca espanhola" (cavalo de alçada inferior a 1,47 metros - U. Prado, "El Caballo Chileno", pág. 13), o bérbere ou raça africana, o asiático ou árabe e o germânico ou nórdico. Estes tipos de cavalos podem dar uma idéia aproximada, segundo Prado, do que foi o cavalo espanhol daquela época.
O professor Ruy D’Andrade, em seus trabalhos (1935, 1939 e 1941), especialmente nestes três, em que estuda os elementos básicos da população eqüina da Península Ibérica, representa um valioso aporte para o estudo dos antepassados de nossos Crioulos, confi rmando a origem européia dos mesmos, ainda que marcadamente influenciados pelo tipo bérbere ou africano, mas alheios, quase por completo, da influência do asiático ou árabe. Da união desses tipos "garrano" e "líbico" (cavalo andaluz de perfil convexo ou subconvexo), o autor supõe que se deriva o tipo andaluz de perfil reto, e que os primeiros resultam, mais que sufi ciente para justificar no nosso Crioulo, nos tipos de perfil, chamados "asiáticos" e "africanos", respectivamente, e que o autor chama de "tipo garrano ou celta" e de "tipo andaluz ou líbico". Admite, igual a Dr. Cabrera, uma infl uência preponderante de bérbere na formação do cavalo espanhol, mas sem atribuirlhe, na realidade, o caráter de verdadeiro cruzamento, já que por uma hipótese, o autor lusitano supõe que "o cavalo andaluz não é nenhum parente próximo do árabe, nem descendente do bérbere, nem germânico, e sim, uma raça natural e local, transformada pela domesticação e por diversos cruzamentos sucessivos, efetuados até os tempos atuais.
A estes grupos pertencem os cavalos bérberes e germânicos". A infusão de sangue bérbere no tipo antigo andaluz viria a ser, assim, só um refresco de sangue e não um cruzamento.
Eliminando o árabe como fator importante na formação das raízes da raça, só duas origens étnicas importantes tendem a equilibrar sua ação nela: o "africano", representado pelo cavalo bérbere primitivo, e o "europeu", produto da fusão dos tipos celtas, do soloutre e germânicos.
Destacam-se, entre as características comuns herdadas de seus antepassados, a alçada mediana, que difi cilmente chega ou supera 1,50 metros, sua cabeça curta, triangular, de perfil reto ou subconvexo, as orelhas curtas bem separadas, amplas em sua base e pouco perfi ladas, o pescoço erguido, a garupa pouco inclinada e o temperamento ativo, herança do bérbere, que se unem à abundância de crinas e cola, ao aspecto "baixo e forte" e ao caráter tranqüilo de seus antepassados europeus.
Morfologia
O cavalo é um animal onde se conjugam a estrutura e a função. Seu corpo é adaptado para a velocidade e para sua grande dimensão, e é esta combinação que nos ajuda a compreender a sua estrutura. Os seus membros são especializados, têm um número de dedos muito reduzido e são acompanhados pela perda dos músculos - os que permitem a outros animais agarrar objetos.
O cavalo apenas move os membros para frente e para trás, o que lhe dá excelentes meios de propulsão.
A força de que necessita é dada por músculos muito desenvolvidos, que estão ligados aos ossos das coxas, tronco e antebraços.
Medidas exigidas pela ABCCC:
Altura
Alçadas
Tórax (Perímetro mín.*)
Canela (Perímetro Mín.*)
Mín.
Max.
Machos
1,40
1,50
1,68
0,18
Fêmeas
1,38
1,50
1,70
0,175
Castrados
1,38
1,50
1,68
0,18
*Não existe máximo estabelecido.
Cabeça
Perfil
Subconvexo
Largura
Fronte - Larga e bem desenvolvida. Chanfro - Largo e curto
Comprimento
Curta
Orelhas
Afastadas, curtas, bem inseridas, com mobilidade
Ganacha
Delineada, forte e moderadamente afastada
Olhos
Proeminência, vivacidade.
Pescoço
Inserções
Cabeça - limpa e resistente. Tórax - rigorosamente apoiada no peito.
Largura
Amplo, forte, musculoso.
Bordo Superior
Subconvexo, crinas grossas e abundantes.
Comprimento
Mediano
Bordo inferior
Retilíneo
Linha Superior
Cernelha
Destaque moderado, musculosa.
Garupa
Moderadamente larga e comprida, levemente inclinada, proporcionando boa descida muscular para os posteriores.
Dorso
Mediano, musculoso, bem unido a cernelha e ao lombo.
Cola
Com a inserção dando uma perfeita continuidade à linha superior da garupa. Sabugo curto e grosso, com crinas grossas e abundantes.
Lombo
Musculoso, unindo suavemente o dorso e a garupa
Torax, Ventre e Flanco
Peito
Amplo, largo, profundo, encontros bem separados e musculosos
Ventre
Subconvexo, com razoável volume unido ao tórax e flanco
Costelas
Arqueadas e profundas
Membros anteriores e posteriores
Braços e cotovelos
Musculos, braços, inclinados, com cotovelos afastados do tórax
Quartelas
de comprimento médio, fortes, espessas, nítidas e medianamente inclinadas
Antebraços
Musculosos, aprumados, afinanfo-se até o joelho.
Cascos
de volume proporcional ao corpo, duros, densos, sólidos, aprumados e medianamente inclinados. De preferência, pretos.
Joelhos
Fortes; nítidos; no eixo.
Quartos
Musculos, com násegas profundas. Pernas moderadamente amplas e musculosas interna e externamente.
Canelas
Curtas, com tendões fortes e definidos; aprumados
Garrões
Amplos, fortes, secos. Paralelos ao plano mediano do corpo, com ângulo anterior medianamente aberto.
Boletos
Secos, arredondados, fortes e nítidos; machinhosna parte posterior.
Fonte: www.cavalocrioulo.org.br
CAVALO CRIOULO
Cavalo Crioulo
Trata-se de um animal harmonioso nativo da República Argentina, o crioulo pode ser encontrado, sob formas ligeiramente difrentes e uma grande variedade de nomes. Com o chanfro acarneirado, herança esta de sua ascendência ibérica, não possui a desproporção que se observa no Andaluz e na maioria dos Mangalargas entre os quartos traseiros
Descendente dos animais ibéricos, a garupa genética é a do Berbere e a do Árabe. O cavalo desapareceu dos territórios americanos na Pré Historia, sendo reintroduzido somente na colonização ibérica. Os espanhóis, a partir da América Central, levaram o cavalo para o Norte, ao México, e para o Sul , até o Peru. Do México, o cavalo espalhou-se pelo que hoje constituiu os Estados Unidos, e, do Peru, o cavalo seguiu para o sul, numa rota paralela à costa do Oceano Pacífico, via Chile, até invadir a Argentina e o Rio grande do Sul, onde o cultivamos, originalmente, no Brasil. Atualmente, a raça está sendo bem difundida em todo território nacional.
Pelagem: Praticamente qualquer uma, predominante o baio gateado ( com estrias escuras nos joelhos e jarretes). A pelagem dominante no Brasil, a gateada, que é um báio com fio do lombo e às vezes zebruras. Além dela encontram-se a moura, a rosilha, a alazã, a zaina, a tordilha, sendo ainda freqüente no Brasil as pelagens malhadas: oveira e tobiana, indesejáveis.
Função: Trata-se de excepcional cavalo de lida, potente, dócil e resistente, com incrível capacidade de trabalho e subsistência sob condições. Nos dias atuais, está sendo descoberto pelos praticantes do hipismo rural, com crescente sucesso esportivo. É educado num galope especial, curto, porém continuado, que permite fazer muitos quilômetros por dia. Seu andamento natural é o trote e o passo, num caminhar baixo, de acordo com os terrenos planos do sul.
PADRÃO DA RAÇA
CABEÇA
PERFIL: Sub-Convexo; Retilíneo; Sub-Côncavo
COMPRIMENTO: Curta
GANACHA: Delineada; Forte e moderadamente afastada
LARGURA
Fronte - larga e bem desenvolvida
Chanfro - Largo e curto
ORELHAS: Afastadas; Curtas; Bem inseridas; Com mobilidade
OLHOS: Proeminência; Vivacidade
PESCOÇO
INSERÇÕES: Cabeça - Limpa e resistente;Tórax - Rigorosamente apoiada no peito
BORDO SUPERIOR: Sub-Convexo; Crinas grossas e abundantes
BORDO INFERIOR: Retilíneo
LARGURA: Amplo; Forte; Musculoso
COMPRIMENTO: Mediano
LINHA SUPERIOR
CERNELHA: Destaque moderado; Musculosa
DORSO: Mediano; Musculoso; Bem unido a cernelha e ao lombo
LOMBO: Musculoso; Unindo suavemente o dorso e a garupa
GARUPA: Moderadamente larga e comprida; Levemente inclinada proporcionando boa descida muscular para os posteriores
COLA: Com a inserção dando uma perfeita continuidade à linha superior da garupa. Sabugo curto e grosso, com crinas grossas e abundantes.
TÓRAX, VENTRE E FLANCO
PEITO: Amplo; Largo; Profundo; Encontros bem separados e musculosos
PALETAS: Inclinação mediana; Comprimento mediano; Musculosas, caracterizando encontros bem separados
COSTELAS: Arqueadas e profundas
VENTRE: Sub -Convexo, com razoável volume; Perfeitamente unido ao tórax e flanco
FLANCO: Curto; Cheio; Unindo harmonicamente o ventre ao posterior
MEMBROS ANTERIORES E POSTERIORES
BRAÇOS E COTOVELOS: Musculosos; Braços inclinados; Com cotovelos afastados do tórax
ANTEBRAÇOS: Musculosos; Aprumados; Afinando-se até o joelho
JOELHOS: Fortes, nítidos, no eixo
CANELAS: Curtas, com tendões fortes e definidos; Aprumadas
BOLETOS: Secos, arredondados, fortes e nítidos; Machinhos na parte posterior
QUARTELAS: De comprimento médio; Fortes, espessas, nítidas e medianamente inclinadas
CASCOS: De volume proporcional ao corpo, duros, densos, sólidos, aprumados e medianamente inclinados. De preferência, pretos
QUARTOS: Musculosos, com nádegas profundas. Pernas moderadamente amplas e, musculosas interna e externamente
GARRÕES: Amplos, fortes, secos. Paralelos ao plano mediano do corpo, com ângulo anterior medianamente aberto
MEDIDAS (M):
ALÇADA
TÓRAX
(perímetro) Min.*
CANELA
(perímetro) Min.*
Min.
Máx.
MACHOS
1,40
1,50
1,68
0,18
FÊMEAS
1,38
1,50
1,70
0,175
CASTRADO
1,38
1,50
1,68
0,18
* Não existe máximo estabelecido.

DÓCIL E ATLETA

História

Originário das grandes planícies dos pampas até as encostas dos Andes, descende dos cavalos trazidos pelos colonizadores espanhóis. Adaptou-se ao frio intenso e ao calor desgastante, tornando-se um animal muito resistente.

Características

Apesar do baixo porte, possui musculatura consistente e ossatura compacta. Extremamente ágil e resistente, foi feito para trabalhar com gado.

Aptidão

Além de sua funcionalidade na lida com o gado, tem se destacado nas provas do Freio de Ouro e vencido as principais provas de rédeas do Brasil. A raça foi sensação em algumas provas nos EUA.

No Brasil

Durante séculos, povoou o sul do Brasil, Uruguai, Argentina, Chile e Paraguai, mas agora está conquistando todo o país. São cerca de 140 mil animais vivos registrados e distribuídos entre aproximadamente 14 mil proprietários.
Fonte: www.mercadodecavalos.com.br
CAVALO CRIOULO
Sem dúvida, o Crioulo é descendente direto do cavalo trazido à America, pelos conquistadores. O mais dificil de demonstrar é a composição étnica da população equina da Espanha nessa época, quais eram os tipos de cavalos que predominavam e quais, por razões de distribuição geográfica, poderiam ser os que vieram à América e deram origem à Raça Crioula.
Prado - 1941-, fez um estudo das "ascendências" etnográficas do cavalo chileno de 1541. Segundo o autor, os tipos primitivos de cavalos que tiveram marcada influência na conformação do Crioulo, são: o cavalo Celta e o Saloutre, cuja combinação originou a antiga "Jaca espanhola" - cavalo de alçada inferior a 1,47 metros - , o Bérbere ou raça Africana, o Asiático ou Árabe e o Germânico ou nórdico.
Estes tipos de cavalos podem dar uma idéia aproximada, segundo Prado, do que foi o cavalo espanhol daquela época. O professor Ruy D'Andrade, em seus trabalhos - 1935, 1939 e 1941- especialmente nestes três, estuda os elementos básicos da população eqüina da península Ibérica. Eles representam um valioso aporte para o estudo dos antepassados dos Crioulos, confirmando a origem européia dos mesmos, ainda que, marcadamente influídos pelo tipo bérbere ou africano, mas alheios, quase por completo, da influência do asiático ou árabe.
Da união desses tipos "garrano" e "líbico" - cavalo andaluz de perfil convexo ou subconvexo -, o autor supõe que se deriva o tipo andaluz de perfil reto, e que os primeiros resultam, mais que suficientes, para justificar no Crioulo, ambos os tipos de perfil, chamados "asiáticos" e "africanos", respectivamente, e que o autor chama de "tipo garrano ou celta" e de "tipo andaluz ou líbico".
Admite, igual a Dr. Cabrera, uma influência preponderante de bérbere na formação do cavalo espanhol, mas sem atribuir-lhe, na realidade, o caráter de verdadeiro cruzamento, já que por uma hipótese, o autor lusitano supõe que "o cavalo andaluz não é nenhum parente próximo do árabe, nem descendente do bérbere, nem germânico, e sim, uma raça natural e local, transformada pela domesticação e por diversos cruzamentos sucessivos, efetuados até os tempos atuais".
A estes grupos pertencem, variedades, os cavalos bérberes e germânicos". A infusão de sangue bérbere, no tipo antigo andaluz, viria a ser assim, um só refresco de sangue e não um cruzamento. Eliminando o árabe como fator importante na formação das raízes da raça, só duas origens étnicas importantes tendem a equilibrar sua ação nela: o "africano" representado pelo cavalo bérbere primitivo e o "europeu", produto da fusão dos tipos celtas, do Soloutre e germânicos.
Entre as características comuns herdadas de seus antepassados, destacam-se: a alçada mediana que dificilmente chega ou supera 1,50 metros, sua cabeça curta, triangular, de perfil reto ou subconvexo, as orelhas curtas bem separadas e amplas em sua base e pouco perfiladas, o pescoço erguido, a garupa pouco inclinada e o temperamento ativo, herança do bérbere, se unem a abundância de crinas e cola, o aspecto "baixo e forte" e o caráter tranqüilo de seus antepassados europeus.

PADRÃO DA RAÇA

1. Cabeça

Perfil: Sub-Convexo; Retilíneo; Sub-Côncavo 
Comprimento: Curta 
Ganacha: Delineada; Forte e moderadamente afastada

LARGURA

Fronte - larga e bem desenvolvida 
Chanfro - Largo e curto
Orelhas: Afastadas; Curtas; Bem inseridas; Com mobilidade 
Olhos: Proeminência; Vivacidade

2. Pescoço

INSERÇÕES

Cabeça - Limpa e resistente; 
Tórax - Rigorosamente apoiada no peito
Bordo Superior: Sub-Convexo; Crinas grossas e abundantes 
Bordo Inferior: Retilíneo 
Largura: Amplo; Forte; Musculoso 
Comprimento: Mediano

3. Linha Superior

Cernelha: Destaque moderado; Musculosa 
Dorso: Mediano; Musculoso; Bem unido a cernelha e ao lombo 
Lombo: Musculoso; Unindo suavemente o dorso e a garupa 
Garupa: Moderadamente larga e comprida; Levemente inclinada proporcionando boa descida muscular para os posteriores 
Cola: Com a inserção dando uma perfeita continuidade à linha superior da garupa. Sabugo curto e grosso, com crinas grossas e abundantes.

4. Torax, Ventre e Flanco

Peito: Amplo; Largo; Profundo; Encontros bem separados e musculosos 
Paletas: Inclinação mediana; Comprimento mediano; Musculosas, caracterizando encontros bem separados 
Costelas: Arqueadas e profundas 
Ventre: Sub -Convexo, com razoável volume; Perfeitamente unido ao tórax e flanco 
Flanco: Curto; Cheio; Unindo harmonicamente o ventre ao posterior

5. Membros Anteriores e Posteriores

Braços e cotovelos: Musculosos; Braços inclinados; Com cotovelos afastados do tórax 
Antebraços: Musculosos; Aprumados; Afinando-se até o joelho 
Joelhos: Fortes, nítidos, no eixo 
Canelas: Curtas, com tendões fortes e definidos; Aprumadas 
Boletos: Secos, arredondados, fortes e nítidos; Machinhos na parte posterior 
Quartelas: De comprimento médio; Fortes, espessas, nítidas e medianamente inclinadas 
Cascos: De volume proporcional ao corpo, duros, densos, sólidos, aprumados e medianamente inclinados. De preferência, pretos 
Quartos: Musculosos, com nádegas profundas. Pernas moderadamente amplas e, musculosas interna e externamente 
Garrões: Amplos, fortes, secos. Paralelos ao plano mediano do corpo, com ângulo anterior medianamente aberto
2.1. Medidas (metros)

Machos

Alçada - Mínima: 1,40; Máxima: 1,50 
Tórax (Perimetro Min. *): 1,68 
Canela (Perímetro Min. *): 0,18

Fêmeas

Alçada - Mínima: 1,38; Máxima: 1,50 
Tórax (Perimetro Min. *): 1,70 
Canela (Perímetro Min. *): 0,175

Castrados

Alçada - Mínima: 1,38; Máxima: 1,50 
Tórax (Perimetro Min. *): 1,68 
Canela (Perímetro Min. *): 0,18
O cavalo Crioulo é oriundo do cruzamento de eqüinos árabes e bérberes, trazido da Ásia e África pelos mouros quando invadiram a Península Ibérica. Desse cruzamento surgiu o cavalo ibérico, considerado desde os primeiros séculos de nossa era como o melhor cavalo de sela do mundo.
Logo após a descoberta do nosso continente, chegaram a São Domingos os primeiros cavalos espanhóis que 1 5 a 20 anos depois vão para o continente.
D. Pedro de Mendoza em 1535, e Avelar Nunez Cabeça de Vaca, cm 1514, introduzem cavalos diretamente da Espanha ao Rio da Prata e Paraguai respectivamente.
Os eqüinos abandonados por Pedro Mendoza quando de sua retirada da Argentina, permanecendo nas exuberantes pradarias da Província de Buenos Aires, formaram numerosas manadas, onde por muito tempo só atuou a seleção natural, sobrevivendo sempre o mais forte. Exemplares dessas manadas selvagens vieram com os jesuítas quando foi iniciada a colonização da então Província de São Pedro, no atual estado do Rio Grande do Sul.
Em meados do século passado, muitos equinocultores gaúchos, desejando melhorar o tipo de seus cavalos nativos, fizeram inúmeros cruzamentos com raças exóticas usando garanhões árabes e ingleses. Os resultados da introdução do Sangue alienígena, se por um lado deram uma melhor aparência e mais altura aos mestiços, por outro lado, produziram animais com pouca resistência para os lides do campo e de guerra.
Alguns criadores resistiram à inovação e para evitar que desaparecesse o tradicional cavalo dos pampas, orientaram por princípios zootécnicos a criação das poucas manadas que ainda existiam em estado de pureza.
Hoje em dia, o cavalo Crioulo se ajusta perfeitamente, cm sua conformação, em seu tipo e cm sua pureza, aos velhos e tradicionais moldes; se os primitivos Crioulos eram um produto exclusivo de seleção natural, não sc podem pretender que os da atualidade sejam apenas uma variedade local, ou derivado do Crioulo antigo.
É algo mais importante e maior que tudo isso: é uma verdadeira raça. E, em essência, o mesmo primitivo e tradicional cavalo Crioulo da América descendentes dos cavalos dos conquistadores, recuperados pela obra de conjunto de todos os criadores de crioulo da América.

A raça Crioula descende em linha direta dos cavalos ibéricos trazidos pelos espanhóis e portugueses ao longo do século XVI para regiões que formariam a Argentina, Paraguai e Brasil. A raça crioulo é a primeira raça sul-americana formada nos campos úmidos da Bacia dos Pratas.
Altura:
Cerca de 1,35m a 1,52m, com média de 1,45m em machos e fêmeas.
Porte:
Pequeno
Pelagem:
A clássica é o gateado, ou seja, um baio escuro, comum a listra preta, desde o fim da crineira até a cauda, estrias escuras nos membros e muitas vezes nas cernelhas. Todas as pelagens são admitidas.
Cabeça:
Curta e larga, em forma de pirâmide, perfil reto ou ligeiramente convexo, olhos grandes, expressivos, afastados sobre o bordo do plano frontal, as orelhas são pequenas e afastadas da bases.
Andadura:
Marcha trotada
Temperamento:
Vivo, inteligente, corajoso, muito forte, bem disposto e possuidor de grande resistência.
Aptidões
O Crioulo é, por excelência, um cavalo de trabalho, ideal na lida com gado, para passeio e enduro, podendo ser usado para percorrer grandes distâncias.
A primeira raça sul-americana de cavalos moldou-se nos campos úmidos da Bacia do Prata. Descendia em linha direta dos ibéricos, trazidos por espanhóis e portugueses ao longo do século XVI para as regiões que formariam a Argentina, o Paraguai e o Brasil, submetidos agora à topografia dos pampas, das várzeas e das serras, e às transformações climáticas que alternavam enchentes e secas, geadas e temperaturas escaldantes, alimentação farta na primavera e escassez absoluta no verão e nos rigores do inverno.
O cavalo crioulo, imbatível nas distâncias curtas, mas também de extraordinário galope nos percursos mais longos, tornou-se assim um animal de músculos de ferro e tendões de aço. Fez-se indispensável nas estâncias, no trabalho com o gado: sua velocidade de arrancada, suas esbarradas, a volta nas patas, desenvolveram-se ao longo dos séculos nos rodeios do gado bagual, nas mangueiras, nos bretes e nos apartes.
A raça crioula expandiu-se ao mesmo tempo no Brasil, na Argentina, no Uruguai, no Paraguai e no Chile. São estes países os cinco principais criadores, sendo que o Rio Grande do Sul tem a melhor seleção de todos eles.
Este crioulo ideal tem características próprias, bem definidas. Pesa entre 400 e 450 quilos, com altura média de 1.45m. A medida de seu tórax é geralmente de 1.75, o que os faz, capaz de carregar um peso de 127 quilos, o mesmo que se costumava exigir de um bom cavalo de guerra. Sua pelagem é extremamente variada: gateada, moura, rosilha, alazã, zaina, escura ou tordilha. Sua musculatura é forte e bem desenvolvida. Seus cascos são de volume proporcional ao corpo, duros, densos, sólidos e negros.

CRIOULO

O Crioulo é o cavalo comum de origem ibérica, melhorado na parte meridional da América do Sul (Sul do Brasil, Uruguai, Argentina, Chile, etc.).
Descendem dos chimarrões, cavalos que retornaram ao estado selvagens, originados de 5 éguas e 7 cavalos trazidos da Andaluzia por Pedro de Mendoza e abandonados no Prata, depois da fundação da cidade de Buenos Aires, em 1535.
Além da Argentina, onde se encontram os melhores Crioulos, é encontrado no Uruguai, Sul do Brasil, Paraguai, etc.

CARACTERÍSTICAS DA RAÇA

Descrição: Peso de 400 a 450 kg.
Estatura: de 140 a 150 cm em média, tanto nos machos como nas fêmeas.
Perímetro Torácico: de 170 a 186 cm - 175 em média.
Pelagem: A pelagem dominante no Brasil, a gateada, que é um baio com fio do lombo e às vezes zebruras. Além dela encontram-se a moura, a rosilha a alazã, a zaina, a tordilha, sendo ainda freqüente no Brasil as pelagens malhadas: oveira e tobiana, indesejáveis.l
Cabeça: Curta, cônica, de fronte larga e focinho fino. As ganachas são fortes e afastadas e a face curta, o chanfro curto e largo, o perfil direito ou levemente convexo.
As orelhas são pequenas, móveis e afastadas e nos olhos grandes e separados, expressivos, de olhar inteligente e dócil. Pescoço: Bem ligado, ligeiramente rodado, amplo, largo, musculoso na base e de comprimento médio, com crinas abundantes e grossas.
Corpo: Compacto e robusto. A cernelha é larga, forte, pouco saliente.
O dorso e lombo são curtos e retos, musculados. A garupa é média, bem forte, inclinada. A cauda tem sabugo grosso e é bem fornida.o peito é largo, profundo e musculoso e o tórax alto e arqueado.
O ventre é cilíndrico e às vezes volumoso, devido à alimentação grosseira.
O flanco é curto e cheio e a nádega curto. Membros: Os membros são curtos e fortes. As espáduas são longas, inclinadas, fortes.
Os braços e cotovelos são fortes e aprumados.
O antebraço longo, musculoso. As canelas curtas, largas e espessas, com tendões fortes e destacados. Os boletos são secos e redondos, as quartelas curtas e espessas, meio inclinadas e os cascos duros e proporcionados.
Os joelhos e jarretes são largos e fortes, as coxas e as pernas musculosas, com um ângulo de jarrete nem aberto nem fechado. Aptidões e outras qualidades:
O cavalo Crioulo é adaptado ao serviço de campo e às viagens que requerem extraordinária resistência.é educado num galope especial, curto, porém, continuado, que permite fazer muitos quilômetros por dia. Seu andamento natural é o trote e o passo, num caminhar baixo, de acordo com os terrenos planos do sul. São animais extremamente sóbrios, fortes e resistentes, qualidades que se aliam à coragem, agilidade e mansidão.